Fábrica de campeões

Com a aproximação das Olimpíadas, não há mais tempo para revelações ou formação de novos talentos e os possíveis heróis com chances de brilhar no atletismo permanecem treinando duro para obter bons resultados. Com a notória falta de estrutura do país, alguns centros se destacam pelo que oferecem e o trabalho que realizam: não à toa, reúnem também os corredores com maior potencial para disputar as vagas nas provas de velocidade e fundo nos Jogos do Rio, em 2016. Conheça os principais centros.

ESPORTE CLUBE PINHEIROS (SÃO PAULO, SP) Em parceria com a Confe-deração Brasileira de Atle-tismo (CBAT) e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o projeto olímpico do clube trabalha um grupo montado desde o Pan de Guadalajara, em 2011. Para este ano, prevê a partici-pação em training camps (espécie de “concentração” de atletas de várias equipes da mesma modalidade), clí-nicas (com aulas teóricas e práticas) e provas, inclusive no exterior. “Em Londres tivemos dez atletas. Nossa meta para o Rio é contar com 14 a 16”, afirma o coor-denador Cláudio Castilho. O trabalho é feito também em células em Jundiaí, Valinhos e Santos.

FICHA TÉCNICA :Coordenador técnico: Cláudio CastilhoTreinadores: 9 (5 de corrida)Atletas: 55 (25 de corrida)Estrutura: Pista de 400m com seis raias, pista de aquecimento, equipamentos para preparação física (musculação) e o Centro Integrado de Apoio ao Atleta (preparador físico, psicólogo, fisiologista, biomecânico e nutricionista)Site: ecp.org.brDESTAQUES:

DESTAQUES: Adriana Aparecida da Silva (maratona)Kleberson Davide (800m) Franciela das Graças Krasucki Davide (100m, 200m e 4 x 100m)Rosangela Cristina Oliveira Santos (100m, 200m e 4 x 100m)Evelyn Carolina de Oliveira dos Santos (100m, 200m e 4 x 100m)

SOGIPA (PORTO ALEGRE, RS): Com tradição no atletismo, a Sociedade de Ginástica de Porto Ale-gre terá sua pista oficial reformada este ano. O CT é reconhecido pela IAAF como um dos quatro centros de alto rendi-mento da América do Sul. A equipe tem em dois atletas as esperanças para os Jogos, e a preparação inclui um período em duas bases norte-ameri-canas (Dallas e Waco, no Texas), em parceria com o Michael Johnson Perfor-mance Center.

FICHA TÉCNICA Coordenador técnico: José Haroldo Loureiro GomesTreinadores: 4 (1 de corrida)Atletas: 60 (30 de corrida)Estrutura: Pista oficial, sala de musculação, parque atlético com rampas e parceria com equipe interdisciplinar (fisioterapia, massagem, medicina do esporte, psicologia e nutrição)Site: sogipa.com.br

DESTAQUES: Anderson Henriques (4 x 400m)Pedro Burmann (4 x 400m)

CLUBE DE ATLETISMO BM&FBOVESPA (SÃO CAETANO, SP): Com alta participação de atletas nas seleções brasileiras e muitos nomes renomados, o clube possui também o centro de treinamento mais moderno, ocupando uma área de 31.000 m². Ainda este ano, terá o piso de sua pista outdoor reformado. Segundo o coordenador técnico Ricardo D’Angelo, o foco é obter o maior número possível de atletas na seleção olímpica. Para os eventos deste ano, alguns atletas começaram o ano treinando na altitude, como Franck Caldeira, que passou algumas semanas em Paipa, na Colômbia.

FICHA TÉCNICA:Coordenador técnico: Ricardo D’AngeloTreinadores: 13 (6 de corrida)Atletas: 59 (28 de corrida)Estrutura: Pista outdoor oficial, ginásio com pista indoor de seis raias e estrutura de atendimento ao atleta (musculação, fisioterapia, nutrição, psicologia e imprensa)Site: clubedeatletismo.org.br

DESTAQUES:Ana Cláudia Lemos Silva (100m, 200m e 4 x 100m)Marilson Gomes dos Santos (maratona)Franck Caldeira de Almeida (maratona)Hugo Balduíno de Souza (400m e 4 x 400m)Joilson Bernardo da Silva (5.000m)

CENTRO NACIONAL DE TREINAMENTO (UBERLÂNDIA, MG): Projeto da Secretaria de Alto Rendimento da CBAT, que instituiu quatro centros olímpicos no país para o treinamento de alto nível, o Centro de Uberlândia concentra o maior número de corre-dores com potencial para a Rio 2016. O trabalho é realizado prioritariamente (mas não exclusivamente) nas instalações do Sesi. Para a temporada 2015, seis atletas passaram um mês em treinamento na altitude, na cidade de Kapsabet, no Quênia, que também será a base para os treinos em 2016.

FICHA TÉCNICA:Coordenador técnico: Luiz Alberto de OliveiraTreinadores: 3 (2 de corrida)Atletas: 16 (11 de corrida)Estrutura: Pista olímpica oficial, alojamento, musculação, fisioterapia, transporte e alimentação. Site: fiemg.com.br Flávia Maria de Lima (800m e 1.500m)Cristiane dos Santos Silva (400m e 4 x 400m)Natalia Oliveira da Silva (400m e 4 x 400m)Lucas Gabriel Rodrigues (800m e 1.500m)Joseilton Costa Cunha (800m)Diego Chargal Martins Diniz Gomes (800m)


CENTRO ESPORTIVO DE ALTO RENDIMENTO (CAMPINAS, SP): Projeto do Ministério dos Esportes que além do atletismo tem infraestru-tura para outros esportes, o Cear está com obras atrasadas e não entregou muitas das instalações previstas, mas a pista oficial, classe 2 pela IAAF, já é utilizada pela equipe da Orcampi e pelos atle-tas do Instituto Vander-lei Cordeiro de Lima. Também coordenado por Ricardo D’Angelo, o tra-balho feito com os atletas do Orcampi é indepen-dente da BM&F, e o centro também tem potenciais campeões.

FICHA TÉCNICA:Coordenador técnico: Ricardo D’AngeloTreinadores: 6 (2 de corrida)Atletas: 50 (10 de corrida)Estrutura: Pista sintética oficial certificada pela IAAF, arquibancada para 3 mil pessoas, salas para atendimento médico e fisioterápico, musculação, psicologia, miniauditório e ginásio poliesportivo (a ser construído)Site (provisório): bit.ly/1AOabGo

DESTAQUES:Solonei Rocha da Silva (maratona)Geisa Muniz Coutinho (400m e 4 x 400m)Erica Rocha de Sena (marcha atlética – 20 km)Jonathan Henrique Ferreira da Silva (400m e 4 x 400m)