Viajando!

Vai chegando maio e fica todo mundo louco querendo uma provinha no frio no segundo semestre, certo? Vale sempre dar uma atualizada nas dicas de viagem, pois isso pode fazer muita diferença para que não ocorram imprevistos e todos possam estar 100% no dia. Já comentei por aqui em relação às “Majors”, ou seja, as seis principais maratonas. Para quem não sabe, são as de Nova Iorque, Boston, Chicago, Londres, Berlim e Tóquio. Mas o fato é que a maior parte dos corredores nem pensa em participar de uma prova dessas, em geral pela complexidade e custo. Então, resolvi passar algumas orientações genéricas, que você pode usar mesmo numa viagem curtinha de carro ou ônibus.

Em primeiríssimo lugar, antes de fazer a inscrição da prova e compartilhar em todas as mídias sociais, tenha em mente que custos de viagem são extremamente voláteis. Às vezes, de um final de semana para outro, a hospedagem varia até 50%. Logo, faça todos os cálculos antes de se inscrever, para não ter surpresas desagradáveis. Quer reduzir custos? Avalie a opção de ficar em albergues ou use serviços como o AirBnB. Mais: se o destino não estiver na lista de interesses da família, considere a possibilidade de viajar com amigos e deixe a viagem do pessoal de casa para um destino que agrade a todos. Dividindo com amigos, tudo fica mais barato.

Ainda em relação à hospedagem, sempre que possível, tente ficar perto da largada. Quando não der, fique próximo ao ponto onde pegará o transporte para a prova. Isso parece óbvio mas, trabalhando com turismo, o que mais vejo são pessoas resolvendo hotelaria apenas pela questão preço. Não deixe de conferir os reviews em sites como Trip Advisor e Booking.com ou mesmo no AirBnB. Dica do Trip Advisor: se o hotel estiver avaliado com menos de 4 bolinhas, fuja. Se não tiver opção, devido ao orçamento, fique num com 3,5 mas leia atentamente os comentários e tente entender se o que motivou essa classificação é algo que você toleraria. Não se arrisque a passar o dia todo se coçando e nem a ficar em locais que não prezam pela segurança.

Passagens aéreas? Muito cuidado. Sites agrupadores podem ser tensos. Se algo acontecer, estará sujeito às regras do site, que são basicamente as regras da companhia aérea. É aí que faz a diferença emitir com um bom agente de viagens. Qualquer problema, você sabe onde achá-lo, terá um atendimento personalizado e a bola estará com ele, que pode negociar com as companhias aéreas ou consolidadoras para te isentar de multas por alteração, cancelamento ou remarcação. Outra coisa: vôo internacional? Programe-se para chegar na quinta-feira ao destino. Imprevistos acontecem e, se a companhia cancelar seu vôo, você chega na sexta, dois dias antes da prova, com tempo suficiente para ir na exposição, pegar o kit e, no sábado, descansar. Para provas acima de 21Km, isso é essencial. E não se empolgue, véspera de prova não é dia de “conhecer a cidade”. Preserve o seu corpo!

Seguro viagem? Faça. Sempre. Qualquer um? Não, certifique-se que o seguro escolhido cobre eventos associados a competições. Em teoria, todas as provas deveriam oferecer um seguro ao corredor. Em teoria. Quando pedir o seguro ao seu agente de viagens, reitere que o mesmo deve cobrir esportes de competição. Não arrisque. É melhor pagar mais pela cobertura que chegar no destino e ter a assistência recusada. O mesmo vale para esportes radicais. Vai pegar onda e quer viajar só com seguro básico? Pode ter problemas.

E a cidade onde vai correr? Pesquise tudo o que puder sobre ela. Leia blogs, revistas, guias, peça dicas ao seu agente e, se possível, tente entrar em contato com corredores da área, que podem lhe orientar sobre os melhores lugares para aquele pré-treino ou a melhor loja para dar um upgrade no equipamento ou comprar aquele gel que você esqueceu.

Se a viagem é no Brasil, você vai ter um telefone que deve carregar durante a prova, para se comunicar em caso de imprevistos ou para, ao final, poder se comunicar com sua família ou com os amigos que estão lhe acompanhando. No exterior, sempre habilite um chip local. Vai te dar autonomia para telefone e internet e custar bem mais barato que usar o roaming da sua operadora.

Por fim, passaporte e vistos devem estar sempre válidos. Vários países exigem que você, ao chegar na imigração, apresente um passaporte com validade de seis meses após a data de saída. Não precisa decorar quais. Tenha em mente que acordos mudam e, para não dar mole, sempre que faltar nove meses para o vencimento já reagende e fique com o documento novinho. E no mais, é só treinar e curtir!