Eu corro


Comecei a correr há uns sete anos, quando parei de fumar, tudo para melhorar minha saúde. Corro cerca de 30 minutos e depois encaro a musculação durante 1 hora, em geral, no fim da manhã, antes do almoço. Numa semana livre, com shows só no fim de semana — o que não acontece sempre —, consigo correr uns 20 km.

Além de correr, gosto de esquiar, mas não é um esporte que dá para fazer com regularidade. Quando era mais jovem, amava andar de skate. Sempre penso em retomar, mas parece que nunca tenho tempo.

Cuido da minha dieta, mas não virei xiita. Aboli o açúcar e a fritura da alimentação, mas carboidratos são bem-vindos, com moderação. Na verdade, tomo mais cuidado antes de treinar. Quando saio com meus três filhos, como o que eles quiserem.

Quando não corro, fico ansioso, não durmo bem. A corrida me relaxa. E gosto de treinar sozinho, sem música. Apesar de ser músico, prefiro o silêncio quando corro.

A corrida me ajudou na recuperação do acidente, em 2009. Naquele ano, durante um show em Patos de Minas (MG), caí de uma passarela do palco. Sofri traumatismo craniano leve, quebrei três costelas e fraturei seis vértebras. Acho que teria me machucado mais e minha recuperação teria sido mais lenta se eu não estivesse em boa forma. Fiquei seis meses sem cantar, mas me recuperei bem.

Correr ajuda muito na hora de cantar, pois trabalha a respiração. Depois de alguns anos no esporte, meu coração não dispara como antes. E, com um batimento mais controlado, respiro melhor e tenho maior controle da voz. Mas às vezes me emociono… E toda essa teoria vai pro saco!

Tenho um desejo secreto. Ainda quero correr uma maratona. Mas, como estou muito longe disso, minhas ambições são mais modestas. Ainda não participei de nenhuma prova, mas é um daqueles projetos guardados no fundo da gaveta. Gostaria de correr em um desses eventos de 5 ou 10 km que rolam ao longo do ano. O problema é que eles no geral ocorrem num fim de semana e nós estamos sempre tocando. Quem sabe um dia.