Desistir jamais

Sou praticante assíduo de atividades físicas há anos, tenho 55 anos, quatro filhos e desde 1999, trabalho como professor do ensino superior na área de pós-graduação. Nasci em Londrina e na infância, mudava de cidade em cidade por conta da profissão do meu pai. Quando essas mudanças começaram a atrapalhar meu aprendizado, nos mudamos para São Paulo

Assim que cheguei à cidade paulistana, meu pai me colocou para treinar em um clube. Nascia então, o gosto pelos esportes. Comecei com corridas curtas no Clube Pinheiros e logo estava jogando futebol, por conta da minha velocidade. Treinei karatê por doze anos, passei longos anos sedentário e aos 34 anos, sofri um acidente de trabalho que afetou minha coluna e quase me deixou em cadeiras de rodas

Passei a praticar natação, pois, segundo os médicos, eu jamais poderia praticar qualquer esporte de impacto de novo, por conta da minha lesão na coluna lombar. Tive discos intervertebrais retirados e nada foi colocado no lugar deles. Esse problema fez com que eu tivesse grande limitação de movimentos e vivesse a base de remédios. Até um dia em que um triatleta – em um dos torneios de natação – me convidou para começar a correr

Mesmo não acreditando que conseguiria, comecei e desde então nunca mais parei. Durante cinco anos, só corri provas de 21km. Por sugestão do meu filho, anos depois, comecei a encarar provas de revezamento. Em 2013 encarei minha primeira maratona, fechando-a em 3h33. Em julho de 2014, fiz outra maratona para 3h20

Nesse final de semana, vou estar na 9ª Volta à Ilha de Florianópolis, mas correndo em dupla com objetivo de cravar em 12h22. Sem dúvidas, a corrida tem me proporcionado momentos únicos e ela é quem sustenta minha crença de que é preciso ter objetivos em todas as áreas da vida e, para alcança-los, é preciso planejamento e treinamento. É pela corrida que capacito meu corpo e, principalmente, a minha mente.