Corrida, minha vida

Em novembro de 2011, aos 39 anos, para ajudar uma amiga a emagrecer, aceitei fazer companhia a ela em um treino de corrida. Não tinha ideia de que aquela decisão mudaria minha vida completamente. No primeiro treino, mal conseguia correr, mas algo mexeu comigo. Na hora eu pensei: “É amor ao primeiro treino”.

Corri apenas 1 km nesse dia, mas voltei para a casa com a melhor das sensações. Após esse dia, eu nunca mais consegui parar de correr e por ter histórico em esportes, como o ciclismo e handebol, sentia que meu corpo cada vez mais se adaptava à corrida.

Segui treinando sozinha, fui me desafiando e cheguei aos 5 km. Logo, já havia conquistado os meus primeiros 10 km, 16 km, 21 km…Evoluía na corrida progressivamente e sempre queria mais e mais. Prometi a mim mesma que correria uma maratona e, caso o meu corpo respondesse bem aos 42km, completaria logo em seguida uma ultra. E como eu esperava, terminei a Maratona do Rio de Janeiro em 3h40, sem dores e muito feliz.

Honrei minhas próprias palavras e fiz minha inscrição em uma ultra de 12 horas e conquistei o meu primeiro pódio, sendo a segunda colocada por faixa etária. Foi nesse momento que senti que as ultras ganharam de vez o meu respeito e devoção.

Completei a Ultramaratona Beneficente de 24 horas, uma outra ultramaratona de 48 horas e pela terceira vez, faturei um troféu. A convite do atleta ultramaratonista Márcio Villar, corri em parceria os 651 kms de Montanha – Caminho da Fé, prova que durou cerca de cinco dias. Tenho três anos de corrida que para muita gente pode ser pouco, mas para mim foram intensos e maravilhosos. Tenho o desejo de correr várias outras ultras e também ser mais veloz nas provas curtas. Além disso, a vontade de viver do esporte, mesmo que eu seja amadora, existe em mim.

Para mim, a corrida não é só um esporte: hoje correr é como respirar, uma atividade obrigatória e essencial para mim. É a minha atividade diária, o meu momento e a minha paixão até o fim dos meus dias! PT-BR”>