Qualidade da alimentação afeta a produtividade do brasileiro

A qualidade da alimentação influencia aspectos da vida que vão muito além do peso ideal: em muitos casos, está diretamente ligada à produtividade da pessoa. Uma pesquisa inédita realizada pela Alelo, detectou que, entre os trabalhadores brasileiros que recebem cartões alimentação ou refeição de seus empregadores, 42% sentem algum tipo de indisposição após o almoço. Destes, aponta o levantamento, a queixa é maior entre mulheres.

“A escolha dos alimentos pode influenciar de maneira determinante a disposição e produtividade no trabalho. O excesso de carboidratos, como batata e massas, por exemplo, pode causar indisposição, assim como o consumo exagerado de refrigerantes ou bebidas com gás. Outro desconforto comum é a sensação de azia ou queimação, que podem ocorrer após a ingestão de molhos de tomate, condimentos em excesso e frituras”, explica Rosana Perim, nutricionista.

Um estudo conduzido pela Brigham Young University em 2012, e que analisou mais de 20 mil profissionais, identificou que os trabalhadores que raramente consomem frutas, verduras e outros alimentos mais nutritivos, têm 93% mais chance de sofrerem com baixa produtividade no ambiente corporativo.

Segundo a pesquisa Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro, da Alelo, a população economicamente ativa está cada vez mais interessada em se alimentar de maneira saudável, embora demonstre desconhecimento sobre o assunto. 64% dos entrevistados pelo estudo consideram sua alimentação saudável ou muito saudável. Por outro lado, a pesquisa constatou que apenas 7% dos trabalhadores que almoçam fora de casa consideram a oferta de pratos saudáveis como fator prioritário na hora de escolher onde almoçar ou lanchar.

Além disso, há diversos escorregões entre as refeições principais. É no lanche da tarde (46%) ou entre as refeições (41%) que os brasileiros mais consomem alimentos ricos em açúcar. Outro dado relevante é que 61% dos brasileiros admitem petiscar entre as refeições.

Pesquisa investigou hábitos de alimentação

A pesquisa foi encomendada para revelar como os profissionais brasileiros se alimentam no dia-a-dia, quais são suas preocupações e critérios de escolha na hora de se alimentar fora de casa, além da rotina de prática de atividades físicas. O levantamento foi feito pelo Conectaí, braço online do Ibope.

A pesquisa ouviu 2.131 homens (59%) e mulheres (41%) economicamente ativos, de 24 a 60 anos de idade (média de 37 anos) das seguintes cidades: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Goiânia, Salvador, Recife, Belém, além de São Paulo capital e cidades do interior.

Dentre eles, 69% trabalham em regime CLT e 64% recebem algum tipo de benefício alimentação. Em relação à carga horária de trabalho, 40% trabalham de 6 a 8 horas por dia e 8% fazem turnos de mais de 10 horas diárias.