Amor dentro da pista

Sou Renata Vencionek, sou carioca e tenho 27 anos. A minha transformação de vida começou em 2014, ano que resolvi sair do sedentarismo e voltar para as atividades físicas. Mesmo sendo militar, achava a corrida de rua algo chato e apenas obrigatório. Mas, eu tinha o objetivo de mudar de rotina e sabia que precisava achar algum esporte e seguir nele.

Resolvi entrar em uma assessoria esportiva próxima a minha casa para realizar treinamento funcional aos sábados e nele havia também treinos de corrida que ao passar do tempo, acabou se tornando algo agradável para mim. Foi durante esse período que um amigo sempre me falava que havia um conhecido dele que servia o mesmo quartel que eu e que eu deveria conhecer.

Em um dos treinos realizados pela assessoria, esse amigo me apresentou ao Henrique e passamos a nos tornar muito próximos. Henrique, diferente de mim, sempre correu e até foi jogador de futebol na equipe juvenil no São Caetano e também treinado na equipe de atletismo de um dos quartéis que serviu. Quando já tinha incorporado a corrida na minha vida, Henrique começou a ser meu pacer, me apoiando quando eu por vezes pensava em parar ou desistir e acabamos nos apaixonando.

Ele sempre esteve ao meu lado em todos os kms que já percorri e todas as provas, fazia questão de mostrar que eu era capaz de baixar meu tempo, de ser melhor que eu mesma, que eu era capaz de ir além. Sem dúvida foi e ainda é meu maior incentivador! Henrique correu comigo os meus melhores 4 km, me colocando como 4° na faixa, os meus melhores 5km me mostrando que existe 5 km abaixo de 30 min, meus primeiros e até então únicos 10km, me provando que não há distância que não possamos correr quando estamos juntos.

Infelizmente, tive canelite e tive que adiar o sonho de correr a Meia Maratona do Rio nesse ano, mas decidimos juntos que ano que vem faremos para que eu saiba qual é a sensação de ser meia-maratonista. Voltei a treinar em julho desse ano e descobrir o Nike + Run Club Rio, clube de corrida que nos ajudou nas nossas performances.

Farei ainda em 2015 a Volta da Pampulha em Minas Gerais e será a minha primeira distância maior do que 10 km. Claro que o Henrique estará comigo, correndo no meu pace e ao meu lado, me provando que sou capaz e sendo a melhor companhia que eu poderia ter. Sei que a corrida foi essencial para a minha vida porque ganhei alegria, perdi uns quilos e é claro, tenho um noivo, amigo e companheiro para a vida – e para as pistas!