Primeira parada: equilíbrio

Antes de pegar pesado nos treinos, saiba se seus músculos estão em harmonia

Sua musculatura está equilibrada? Essa é a pergunta que todo praticante de atividade física deve se fazer. Sem equilíbrio muscular, você fica sujeito a um baixo rendimento, mesmo com treino e alimentação adequada, além de lesões musculares, sobrecarga articular, fraturas por estresse e tendinopatia, inflamação que ocorre pelo excesso de recrutamento dos tendões.

Os desequilíbrios musculares são causados muitas vezes por conta de treino inadequado – por exemplo, quando a intensidade está alta demais –, principalmente entre aqueles que dispensam a ajuda de um orientador. A falta de um trabalho de musculação eficiente para fortalecer o corpo, principalmente para os membros inferiores, também é um complicador. Outros agravantes são o uso excessivo de uma região, comum quando o corredor recorre sempre ao lado dominante (mais forte) para realizar seus movimentos, e a postura equivocada na hora de dar as passadas. Pode acontecer também de o atleta voltar aos treinos depois de um período de lesão, retomando sua antiga rotina sem saber se há desequilíbrio. Nesse caso, é possível desencadear sobrecarga em grupos musculares, tendões, ossos e articulações.

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Para evitar o distúrbio, a tecnologia que antes era destinada apenas aos atletas de alto nível está hoje acessível aos amadores, que agora podem examinar quadril, joelhos, tornozelos, ombros, cotovelos e punhos. É a chamada avaliação isocinética, feita com um aparelho batizado de dinamômetro isocinético e que detecta a força, a potência e a resistência de cada grupamento muscular isoladamente. O teste é feito apenas quando não há dor na região a ser avaliada.

De posse desses resultados, o ortopedista ou médico do esporte consegue ter parâmetros mais eficazes para fazer um comparativo detalhado de um lado do corpo em relação ao outro e da parte anterior com a posterior. A partir daí, pode ser feita a correção do quadro com recomendações específicas para trabalhar os músculos, melhorar o rendimento e diminuir o risco de sobrecarga e uma consequente lesão. Por exemplo, se há um déficit de resistência em um certo grupo muscular, o tratamento incluirá exercícios com menos peso e mais repetição. O dinamômetro também pode ser usado no tratamento. Como o equipamento recruta um maior número de fibras musculares, promove o fortalecimento mais rápido e eficiente.

O mais indicado é que o corredor faça a avaliação isocinética antes de começar sua temporada de treinos. Depois, quando estiver em período de preparação para uma prova mais intensa, como uma maratona, ele pode voltar ao consultório para um programa de correção de desequilíbrio e prevenção de lesões.

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