Novembro Azul: urologista alerta para o câncer de próstata

O movimento Novembro Azul, realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em parceria com o Instituto Lado a Lado pela Vida, visa orientar a população masculina sobre a importância dos exames para diagnóstico precoce do câncer de próstata. A campanha é realizada este mês devido ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado no dia 17/11. Em todo o Brasil, inúmeras palestras e ações já estão sendo realizadas em prol da conscientização acerca da doença.

O câncer de próstata costuma surgir a partir dos 50 anos e, à medida que a idade avança, maior o risco de o indivíduo apresentar a doença. Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), com o aumento da expectativa de vida mundial, é esperado que o número de casos novos de câncer de próstata aumente cerca de 60% até o ano de 2015. Além disso, a etnia e a história familiar da doença também são consideradas fatores importantes de risco.

O urologista da Criogênesis, Silvio da Ressurreição Pires, explica que a próstata é uma glândula que se localiza no centro da região pélvica, logo abaixo da bexiga e ao redor da uretra. Posteriormente está em íntimo contato com o reto e por isso é possível examiná-la através do toque retal. Anexados à glândula, estão as vesículas seminais, que produzem o líquido seminal que corresponde a 70% do volume do sêmen. O restante do líquido, 25% vem da próstata e 5% dos testículos . “A próstata é peça fundamental do aparelho reprodutor masculino, pois o líquido produzido neutraliza o meio ácido da vagina, neutraliza o meio ácido da vagina, nutre os espermatozoides garantindo sua sobrevivência. No entanto, ela pode ser acometida por uma série de doenças, como a prostatite, que é a inflamação da glândula, a hiperplasia, que é o crescimento benigno, mas que dificulta a micção, e o câncer, que pode ser fatal”, alerta.

É importante lembrar que o câncer de próstata possui traço genético, sendo assim, indivíduos com histórico familiar são cinco vezes mais suscetíveis a desenvolvê-lo. Outros fatores de risco estão associados ao desenvolvimento desta doença, mesmo naqueles que não tem história familiar, como a uma alimentação rica em gordura, sedentarismo, obesidade e estresse. Os indivíduos de cor negra tem maior incidência desta doença do que brancos, e por sua vez, maior dos amarelos.

Algumas medidas básicas são essenciais para a prevenção da doença. Manter o peso sob controle, adotar uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e controlar o estresse, estão entre as principais precauções. “A partir dos 50 anos também é fundamental fazer um check-up recomendado pelo especialista, que consiste em um exame de sangue e toque retal. Atualmente, existem vários tipos de tratamentos contra a doença, contudo, o mais importante é diagnosticá-la no começo, sendo fundamental tanto para a cura, quanto para evitar sequelas”, orienta Dr. Pires.