Após ter a perna amputada, mulher se torna maratonista

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Foto: Sarah Curlee/Reprodução

Após sofrer um derrame com apenas 27 anos, a norte-americana Sarah Curlee optou por ter a perna amputada para acabar com os espasmos que afetam o seu pé e causavam dor constante. Agora, após ter a perna amputada, ela se tornou maratonista.

Após ter a perna amputada, mulher se torna maratonista

A analista de processos Sarah Curlee, agora com 32 anos, de Nashville (EUA), nasceu com um buraco no coração conhecido como forame oval patente (FOP), mas não fazia ideia da sua condição. Mas 20 anos, quando passou a tomar pílula anticoncepcional, Sarah começou a desenvolver coágulos sanguíneos.

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Em agosto de 2013, ela sofreu um acidente vascular cerebral isquêmico no hemisfério direito do cérebro. Durante a sua internação, os médicos não notaram nenhum efeito colateral residual, então Sarah foi mandada para casa em poucos dias.

Mas duas semanas depois, Sarah voltou para sua aula de kickboxing e notou que não conseguiu mover o seu braço normalmente. Seu soco ficou mais fraco do que antes. Ela também notou o espasmo em seu pé e os dedos dos pés curvando-se involuntariamente. Seu tornozelo chegava a torcer e fazer com que ela tropeçasse com frequência.

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Sarah sofria com espasmos (à direita) e tentou diversas alternativas, mas a amputação foi a sua melhor opção (à esquerda). Foto: Sarah Curlee/Reprodução

Depois de alguns meses, Sarah foi a um especialista em ortopedia, que passou um ano tentando reposicionar os tendões para endireitar o pé. No entanto, a dor só piorou.

Sarah sabia que ter seu pé amputado era sua melhor opção. Ela chegou a tentar outros procedimentos, mas não houve solução. O  derrame provocou dois distúrbios neurológicos nos movimentos, distonia e espasticidade, que continuariam contraindo constantemente os músculos do lado esquerdo.

Finalmente, em 9 de maio de 2016, Sarah realizou a sua amputação. Dentro de três meses ela já estava correndo.

A tomada de decisão

“Embora os derrames cerebrais sejam um mistério e muitas vezes uma causa básica não possa ser determinada, é provável que a minha tenha sido causada pelo meu anticoncepcional e o buraco no meu coração”, disse Sarah ao Daily Mail.

“O FOP era um defeito genético geralmente inofensivo. Mas, ao contrário da maioria dos acidentes vasculares cerebrais, não precisei de uma longa estadia no hospital nem de muito tratamento.”

“O derrame foi na segunda-feira e eu saí do hospital naquela quinta-feira sem efeitos colaterais aparentes.”

“Duas semanas depois do meu derrame que comecei a perceber uma diferença real”, conta a maratonista.

Os anos seguintes foram de idas a inúmeros médicos e tratamentos que não levavam em conta os seus aspectos neurológicos.

“Ninguém poderia me dar uma resposta que me convencesse de que outra cirurgia era a coisa certa a fazer. Todos me fizeram saber que minha mente estava no caminho certo para amputá-lo”

Sarah teve sua amputação em maio de 2016, e sua recuperação foi tão rápida que ela estava correndo com um membro protético apenas três meses depois.

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Foto: Sarah Curlee/Reprodução

Qualidade de vida

Desde a amputação, Sarah participou de maratonas, escalada e inúmeras caminhadas, já que a escolha de amputar lhe deu mais liberdade.

“Minha recuperação foi fenomenal. Tive muita sorte e encontrei um médico incrível que me deu a oportunidade de fazer uma amputação não convencional chamada de amputação do Ertl ”, disse Sarah.

“É onde a parte da tíbia que é removida durante a cirurgia é usada para criar uma ponte óssea entre a tíbia residual e a fíbula. Ele fornece uma recuperação mais rápida e mais suporte, uma vez que você anda na perna amputada”, explica Sarah.

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Sarah e Griffin sempre praticaram atividade física, mas agora ainda mais, já que sua mobilidade melhorou. Foto: Sarah Curlee/Reprodução

E não foi apenas a for que foi embora, mas a sua mobilidade também melhorou.

“Nunca tenha medo de pensar fora da caixa. O que pode parecer extremo para os outros é perfeito para você. Confie em seus instintos e ouça sua cabeça e coração”, aconselha a maratonista de 32 anos.

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