Atletas pedalam 10 dias antes da Comrades para ajudar crianças na África

Desafio Unogwaja celebra a superação de um corredor que, em 1933, foi de sua cidade natal até a largada da prova de bicicleta

Divulgação Unogwaja Challenge

A Comrades é a mais tradicional ultramaratona do mundo, em que cerca de 20 mil corredores correm anualmente, desde 1921, quase 90 km em terras sul-africanas. Um grupo de doze atletas do mundo todo, porém, terá um grande desafio antes mesmo da largada em junho de 2018, mas por uma boa causa: arrecadar fundos para ajudar crianças do continente africano em situação vulnerável.

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O Desafio Unogwaja homenageia a história de Phil Masterton-Smith, sul-africano que, em 1933, por não ter dinheiro para pagar transporte até o local da largada da corrida, decidiu ir de bicicleta até lá, saindo dez dias antes do início da prova. Desde 2011, doze corredores percorrem os mesmos 1650km em bicicleta em 10 dias entre a Cidade do Cabo, na costa oeste da África do Sul, e a largada da corrida, no extremo oeste do país.

Como forma de arrecadar dinheiro para o Desafio Unogwaja, que repassa os fundos a organizações de caridade que ajudam crianças vulneráveis no continente africano, os doze atletas produzem algum tipo de material relacionado à corrida. É o caso de Ricardo Almeida, corredor brasileiro que fará parte do Desafio no ano que vem. Ricardo está escrevendo um livro que conta as histórias de Phil Masterton-Smith, John McInroy (corredor que oficializou o Desafio em 2011) e a própria trajetória enfrentando 10 dias de bike e um dia correndo na África do Sul.

Quem tiver interesse em comprar o livro (que só será lançado depois da corrida) e assim ajudar o Desafio Unogwaja a prestar auxílio às crianças do continente africano, pode fazê-lo por este link. Segundo Ricardo, “poucos projetos no mundo unem esporte e caridade de maneira tão intensa quanto este”. Para se ter ideia, na edição de 2017, foram cerca de R$ 120 mil levantados.

Ah, e para quem ficou curioso sobre o nome do Desafio: Unogwaja quer dizer “lebre” em Zulu, língua nativa da região sul-africana. Phil Masterton-Smith foi assim apelidado pelos locais na década de 1930.