Campeã olímpica da maratona testa positivo para EPO

Se análise da segunda amostra confirmar o doping, Jemima Sumgong enfrentará suspensão e possível perda de resultados

Jemima Sumgong, que, no ano passado, venceu a maratona olímpica, a Maratona de Londres e a São Silvestre, testou positivo para eritropoietina (EPO) em um exame feito fora de competições no Quênia, divulgou a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) nesta quinta (6).

“A IAAF confirma que um caso de violação da regra antidoping a respeito de Jemima Sumgong começou esta semana. Isso faz parte de um programa de testes fora de competições dedicado à maratonistas de elite e apoiado pelo grupo das World Marathon Majors”, a entidade afirmou em comunicado.

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Em 2016, Jemima se tornou a primeira queniana a vencer uma maratona olímpica. Caso sua amostra B de sangue confirme o doping, a atleta pode ser banida por alguns anos do atletismo e até perder resultados conquistados no período.

A organização da Maratona de Londres, que acontecerá no próximo dia 23, já divulgou que a atleta não poderá defender seu título em 2017. “Estamos extremamente desapontados em saber que Jemima Sumgong falhou em um teste fora de competições em fevereiro. Atualmente, ela está suspensa até o resultado da investigação”.

Sumgong ainda é líder do ranking das World Marathon Majors, as maiores do mundo. “De acordo com nossas regras, um atleta que é pego no doping e banido não está elegível para vencer a Série ou receber nenhum prêmio em dinheiro”. O atual circuito das Majors termina em Boston, no dia 17 de abril.

Rita Jeptoo

Em outubro do ano passado, Rita Jeptoo, ex-parceira de treinos de Sumgong, perdeu os títulos das maratonas de Chicago e Boston conquistados em 2014, após ser pega no doping naquele ano pela mesma substância (EPO). A atleta foi banida do esporte por quatro anos.

O EPO aumenta a produção dos glóbulos vermelhos do sangue, ampliando a capacidade de transporte de oxigênio e, consequentemente, melhorando o desempenho. O Tribunal Arbitral do Esporte alegou que há circunstâncias agravantes no caso de Jeptoo e, por isso, ampliou a suspensão. A atleta teria escondido do empresário e do treinador as várias visitas ao seu médico.