Mulher morre em corrida noturna e mobiliza comunidade

Entenda por que a morte da garota uniu os corredores

Créditos: Reprodução/Instagram

Garota de 20 anos morre em corrida noturna e comunidade de corredoras se unem em sua homenagem e em prol de uma luta pela mulher

Mollie Tibbetts, de 20 anos, foi encontrada morta depois de uma corrida noturna, em Iowa, nos Estados Unidos.

Ela foi achada na terça (22) e a notícia da sua morte mobilizou a comunidade da corrida, especialmente as mulheres.

Isso porque a situação remete à falta de segurança e o risco delas serem atacadas quando correm sozinhas, em locais escuros e longe de casa.

Por isso, corredores em todo o país norte-americano estão utilizando a hashtag #MilesForMollie, em homenagem à atleta e em luta pela segurança da mulher.

De acordo com a Runner’s dos EUA, centenas postaram nas redes sociais, dedicando suas corridas a Molie.

Além disso, se recusam a deixar que o medo de que algo de ruim aconteça as mantenham dentro de casa.

Corredoras nas redes sociais

Para a usuária do Twitter, Chelsea Thom, a tranquilidade vem como algo extra em sua faixa de corrida:

“Quando vi outro post sobre o #MilesforMollie, eu sabia que tinha que participar”, escreveu Chelsea em um e-mail para a Runner’s.

“Não podemos fazer muita coisa nessas situações, porque nada a trará de volta. Mas unir-se e fazer algo que ela ama fazer ajuda a trazer um pouco de paz e consciência para essa tragédia.”

Outra usuária do Instagram, Emiley Stroud, mandou a seguinte mensagem para a Runner’s:

“Eu sou uma mãe de sete e um corredor. E parte meu coração saber que outra mulher saiu para correr e não voltou mais. Por isso, minhas milhas esta semana são dedicadas a Mollie. Porque as mulheres devem ser e se sentirem em segurança. ”

A corredora Lindsey Griffith completou seu treino de 6km e depois refletiu sobre as bênçãos que a corrida traz à sua vida. Também pensou em como incidentes como esses ameaçam afastar essa alegria.

So six miles gave me a lot of time to think tonight. And I was thinking about all the reasons we, as women, lace up – to smash goals, to run through pain and fear, to show up and be our best selves, to dig deep and see who we are and what we’re made of. Some days, we run for one of those reasons, or all of them. We run in Hokas, in Brooks, in Nikes, in Asics, in our sports bras, in spandex, in compression socks, in short socks, in shorts, in tee shirts, in 42 winter layers, in hats and visors and Goodrs, with grit, with smiles, with tears, with joy. We cheer for each other’s triumphs and hold each other in times of pain and sorrow and challenge. We show up. We lace up. And it makes me so sad, and so angry to think that Mollie (and other women) was doing exactly what I did tonight. She’s probably run thousands of miles, left her heart out on the road just like we all have, run off a bad or hard day, just like we all have. And someone stole that from her – took her life when she was doing something that brought her joy, that unites so many of us. There are no answers, at least not short term ones, and maybe that’s what I find so frustrating. And again we hear “here’s how runners can protect themselves.” But how many of us have done exactly what Mollie did – had their phone with them to call the police, stood up and said “NO.” – and because of luck or it wasn’t our day or whatever, we got to run another day? Yes, we can all be vigilant. We are already vigilant, aren’t we? I long for the day when we can run with just joy, grit, determination, and not one eye open for danger. So tonight, my six miles were #milesformollie. • • • #running #runners #runhappy #runnergirl #runnerslife #runlikeagirl #instrunners #runlindsayrun #irunthisbody #badassladygang #findyourstrong #strongerthanyesterday #womenrunners #lbi18miletraining #womenwhorun #charitymiles

A post shared by linzelcakes (@linzelcakes) on

“Me deixa tão triste e tão brava pensar que Mollie estava fazendo exatamente o que eu fiz hoje à noite. Ela provavelmente correu milhares de kms e deixou seu coração na estrada como todos nós. E então alguém roubou isso dela. Tirou sua vida enquanto ela estava fazendo algo que trazia alegria e que une muitos de nós.”

Os pensamentos de Griffith foram repetidos por Sara Foster, que registrou quatro milhas em homenagem a Tibbetts. “Eu me sinto tão conectada com outros corredores”, postou Foster no Instagram.

“Por isso, me entristece que essa tragédia tenha ocorrido enquanto ela estava fazendo algo que gostava”, escreveu ela. “Como uma corredora, isso me tornou mais consciente do que está ao meu redor. E assim, me faz tentar encontrar maneiras de permanecer segura quando corro sozinha”.

Morte na corrida

+ Morte em corrida: não é culpa do esporte
Atleta morre em corrida no litoral de SP depois de infarto

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here