Condromalácia patelar: nova terapia pode acabar com dor

Tratamento de apenas 9 dias proporciona melhora da dor

Créditos: Dirima/shutterstock

Por Patrícia Beloni

Estudo recente de especialistas da Faculdade de Medicina da USP teve resultados animadores sobre uma nova terapia para a condromalácia patelar.

Chamada de PST – Pulsed Signal Therapy (Terapia de Sinais Pulsáteis), ela foi capaz de proporcionar a melhora da dor depois de apenas nove dias de tratamento.

De acordo com o ortopedista e pesquisador Marco Demange, do Grupo de Joelho do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, o método manteve o paciente sem sintomas mesmo 1 ano depois de finalizado.

Segundo Demange, as dores ocasionadas pela condição se devem a alterações da cartilagem que reveste a patela. Região conhecida por muitos, ainda, como ‘rótula’, e afeta mais as mulheres adultas jovens.

Essa condição pode dificultar significativamente o paciente de praticar esportes e até mesmo atividades simples, como subir e descer escadas. Por isso, precisa ser tratada.

PST: novo tratamento da condromalácia patelar

A nova terapia consiste na aplicação sinais elétricos que estimulam o corpo a emitir os mesmo sinais. Eles são capazes de regenerar as articulações, cartilagens e outros tecidos moles

Publicada pela Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp), a análise da PST envolveu 41 joelhos e 25 pacientes (homens e mulheres com idade entre 20 e 50 anos).

De acordo com o Dr. Demange, 17 joelhos receberam tratamento placebo e 24 joelhos, com aplicações diárias de 1h durante nove dias.

As sessões não foram invasivas e não provocaram dor ou desconforto nos pacientes. A melhora das dores se sustentou e foi progressiva até um ano depois.

Causas e como evitar

Dentre as causas da doença estão lesões, traumas, fraturas ou luxações. “Mas, também pode ser resultado de um problema de alinhamento. Podem ainda ser uma degeneração da patela em decorrência da idade e do excesso de peso”, aponta o médico.

Entretanto, existem algumas situações especiais na corrida que podem causar a condromalácia. O tipo de pisada, por exemplo. Ou o formato do pé, plano ou com suporte deficiente do arco plantar – parte debaixo do pé em formato de curva.

A musculatura do tronco e do quadril mais fracos podem apresentar rotação interna dos joelhos ao correr (como se as patelas “olhassem” para dentro) e serem outros causadores do problema.

Essas condições alteram “a mecânica da articulação da patela e aumenta o risco de lesão da cartilagem”, explica o Dr. Demange.

Por isso, para evitar a doença, ter um programa de fortalecimento muscular adequado e cuidados para manter uma mecânica correta durante a corrida são muito importantes.

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