A Maratona Internacional de São Paulo foi dominada, mais uma vez, pelos quenianos. Paul Kimutai e Leah Jerotich foram os vencedores da 23ª edição da prova, que contou com a participação de 18 mil corredores.
Também campeão em 2016, Kimutai fez uma corrida consistente e cruzou a linha de chegada após 2h17min56. “Fiquei feliz em defender e manter o título. Agora sou o bicampeão da prova. Mas não foi fácil. Estava calor e isso dificultou. Depois do km 30, quando assumi mesmo a liderança, comecei a gostar mais da prova, curti o percurso e fui administrando para vencer”, disse o queniano.
Os brasileiros Edson Amaro Arruda dos Santos (2h21min40) e Franck Caldeira (2h21min53) completaram o pódio. Edson chegou a liderar a prova, mas depois precisou reduzir o ritmo e foi ultrapassado por Kimutai. “Fiz um trabalho específico para essa prova. Estava num ritmo tranquilo e revezava ali na frente, quando o Wellington [Bezerra da Silva, 4º colocado] começou a puxar mais, e foi aí que eu senti um pouco, porque estava fugindo do meu ritmo. Tive que diminuir. Depois do km 32 eu comecei a crescer na prova, aos poucos, porque voltei a fazer o que havia treinado. Superei o Wellington faltando 1,5 km para o fim e vim na raça”, explicou.
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No feminino, a estreante na prova Leah Jerotich dominou a prova e finalizou os 42 km em 2h41min58, cerca de nove minutos à frente da segunda colocada Priscilla Lorchima (2h51min04). Christine Chepkemei, também do Quênia, ficou em terceiro com o tempo de 2h52min33. “Estou feliz com o resultado. É minha primeira participação nesta prova e já consegui esse resultado. Mas o clima úmido me incomodou um pouco, especialmente no começo. Também senti um pouco de dificuldade por conta do percurso, caracterizado por muito sobe e desce. Mas no Km 20, já na metade da prova, consegui abrir um pouco e depois fui administrando”, contou a vencedora.
Marizete Moreira, bicampeã da prova em 2009 e 2010, terminou em 4º e foi a melhor brasileira. “Me sinto lisonjeada de chegar, aos 42 anos, e ainda estar correndo neste nível. Foi uma prova muito boa. No Km 21 já estava em quarto e fui só mantendo. Esse ano a prova aconteceu mais cedo no calendário, então minha preparação teve que ser acelerada. Também passei pela perda do meu pai e o emocional acaba interferindo um pouco, acho que o treinamento não rendeu tanto, mas faz parte. Estou feliz, e dedico esse resultado ao meu pai e a todos que torceram por mim”, afirmou a brasileira.
