Mais de 90 km na África: resultados da Comrades 2018

Veja vencedores e desempenho do Brasil

Créditos: Divulgação/Comrades Marathon

A ultramaratona Comrades 2018, que aconteceu no domingo (10), na África do Sul teve tricampeão e brasileiros em destaque.

A prova que reuniu mais de 18 mil inscritos e pouco mais de 16 mil finalistas teve 237 brasileiros inscritos.

No masculino, o vencedor foi novamente o sul-africano Bongmusa Mthembu, 34 anos, com o tempo de 5h26min34, mantendo a vitória dos dois anos anteriores. Entretanto, batendo seu recorde pessoal anterior de 5h35min34.

Enquanto isso, no feminino, a também sul-africana Ann Ashworth levou o ouro, com o tempo de 6h10min04. Também superando o tempo da vencedora anterior, a americana Camile Herron, com 6h27min35.

Brasileiros na Comrades 2018

Do Brasil, 199 inscritos largaram, mas apenas 179 concluíram o trajeto. No masculino, o brasileiro Mateus Gomez Sachett, de Porto Alegre, 26 anos, se destacou, ficando em 64º lugar em sua categoria, e em 102º no geral, com o tempo de 6h40min49.

Créditos: Reprodução/Instagram

Com 26 anos, Sachett é engenheiro de produção e tenente do Exército Brasileiro. Treina cinco vezes por semana, chegando ao pico de 125 km. Foi sua terceira vez consecutiva na competição.

Já no feminino, Vivian Pavão, de São Paulo, 36 anos, também foi a melhor brasileira, com 8h27min28, no 54º lugar em sua categoria e 1667º no geral.

Créditos: Reprodução/Instagram

Ela é executiva da indústria farmacêutica e correu com uma fratura por stress na fíbula por sua conta e risco, mas foi acompanhada por seu ortopedista e fisioterapeuta.

O Rio Grande do Sul também foi bem. Foram oito corredores de Caxias do Sul que conseguiram encerrar o percurso em menos de 12 horas. O corredor Niumar Velho fez o melhor tempo, com 7h07min.

Sobre a Comrades

A Comrades é considerada a principal ultramaratona do mundo. Isso porque nem todo mundo pode participar. E a avaliação é feito pelo currículo do atleta, que precisa ter uma maratona com um tempo de até 5h, realizada em intervalos específicos, que variam todo ano.

Ela foi fundada em 1921 por Vic Clapham, um ex-soldado que lutou na Primeira Guerra Mundial.

Por isso, ele criou a prova para homenagear os colegas mortos em combate. Na primeira edição, 34 atletas participaram e apenas 16 conseguiram cruzar a linha de chegada.

O percurso da prova é o mesmo todo ano, mas o seu sentido muda. Em um ano, acontece a “down run”, com mais descidas, saindo de Pietermaritzburg e chegando em Durban (litoral).

Já no outro, acontece a “up run”, no sentido contrário. A prova de 2018 foi a “down run”, com chegada no Estádio Moses Mahbida, construído para Copa de 2010.

Outro ponto legal da corrida são as doações realizadas por cada delegação para instituições de caridade. Foram milhares de pares de tênis, camisetas e quantias em dinheiro para ajudar as crianças africanas.

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