3 segredos dos japoneses para uma maratona de sucesso

Descubra por que eles vão tão bem na prova!

Créditos: Stefan Holm/Shutterstock

Aprenda como se preparar para uma maratona com os japoneses, um dos povos com o melhor histórico de desempenho nas provas de longa distância.

Você sabia que a maratona é uma das provas de corrida preferidas pelos japoneses? Maratonistas como Yuki Kawauchi, que venceu a Maratona de Boston 2018, são espécies de heróis nacionais.

Há 50 anos, eram os japoneses – e não quenianos ou etíopes – que estavam no topo do pódio olímpico.

De acordo com o site de corrida Competitor Running, em 1966, eles tinham cerca de 15 das 17 melhores marcas mundiais.

Já em 2001, Naoko Takahashi tornou-se a primeira mulher a correr os 42 km em 2h20, em Berlim. Em 2017, Kawauchi fez 12 maratonas em um ano.

O que podemos aprender sobre maratonas com eles? Veja a seguir os três principais segredos do sucesso japonês nas maratonas:

Dicas para ir bem na maratona

1Base Aeróbica Sólida

Os japoneses valorizam o alto volume de treinamento que ajuda o corpo a ter uma base aeróbica sólida. “E é ela que faz de você um ótimo maratonista”, diz Hashizume.

Para ele, correr grandes distâncias em um ritmo lento e estável é o ponto chave.

E “o japonês levou isso ao coração”. Hashizume conta que o ex-técnico de Takahashi, Yoshio Koide, fez com que seus corredores percorressem 320 km por semana para que pudessem fechar os 5 km finais da maratona o mais rápido possível.

“E quanto maior a distância da competição, mais confiamos no treinamento. Por isso a maratona acabou se tornando um dos eventos favoritos do Japão”.

2Paixão pelo trabalho duro

Não há meio termo para os maratonistas japoneses. Se muitos atletas de elite do Ocidente culpam a predisposição genética por não conseguirem evoluir mais, esse pensamento não ocorre entre os maratonistas profissionais do Japão.

Hashizume cita o treinador Nakamura: “O talento natural tem limites; mas não há limite para o trabalho duro”, diz.

Além disso, ele sugere que os corredores japoneses ainda se apegam aos seus sonhos. “Enquanto alguns jovens ocidentais buscam alguma prova científica para ter certeza se vale a pena tentar”, os japoneses sustentam uma visão mais “romântica” da superação de si mesmos. Eles acreditam que dedicação e trabalho “duro” podem superar a falta de talento natural.

3Disciplina e perseverança

Correr 42 km o mais rápido possível requer disciplina em todos os aspectos da sua vida. E os japoneses têm isso de sobra.

Kevin Beck, editor do livro Run Strong, que dedica uma seção ao modo japonês de treinamento, chama a arte japonesa de perseverança, de “trabalho incansável e sofrimento silencioso”.

E ainda diz que eles são excelentes nisso e veem na maratona uma excelente plataforma para expressar todo esse esforço.

Como exemplo, ele cita Toshihiko Seko. Um “monstro” de longa distância conhecido por incorporar ao treino não apenas um alto volume de corrida em ritmo espetacularmente lento, mas caminhadas de 60 km ou mais.

E esse tipo de disciplina e perseverança, a habilidade de lidar com as dores e fazer ainda mais não é para os corredores que querem resultados rápidos. E que, segundo Hashizume, trazem uma “mentalidade de fast-food” na corrida.

“[Alguns] corredores fazem o mínimo para se preparar para uma maratona”, diz ele. Mas “ganhar condicionamento é um negócio gradual. Você precisa ter tempo. E então, você faz o que pode e aí os resultados aparecem”.

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