A redatora-chefe da revista Runner’s World Brasil, Patricia Julianelli, ficou uma semana sem alimentos processados na dieta e conta como foi! Confira.
Por Patricia Julianelli
Jogue o termo “comida de verdade” no Instagram e você terá uma dimensão desse fenômeno. Já é um dos termos mais procurados por quem busca uma alimentação saudável.
E, embora eu não concorde com a expressão em si – não acredito em alimento de verdade ou de mentira, em bom ou ruim e muito menos em dia do lixo –, sou entusiasta do princípio que rege esse termo: priorizar ingredientes frescos e integrais e reduzir o consumo dos alimentos processados.
Há tempos que minha alimentação já é baseada em comida feita em casa e ela tem poucos itens industrializados. Mas, recentemente, a redatora-chefe da Women’s Health, a Camila Borowsky, me propôs o seguinte desafio: uma semana sem alimentos processados.
Na verdade, só aqueles minimamente processados como iogurte integral, manteiga e azeite seriam permitidos. Biscoitos, salgadinhos, enlatados, embutidos e outros itens similares vendidos no supermercado estariam fora, claro. Passaram por tantos processos e receberam tantos ingredientes de nomes estranhos que pouco do seu valor nutricional se manteve.
Se você acha que deixando de comer algum alimento ou grupo alimentar específico estará economizando calorias… sinto muito, mas não.
Eu vejo dois erros aí: primeiro, seu corpo vai encontrar um jeito de te devolver de bandeja essas calorias em outro momento.
Quando somos privados de comer alguma coisa, nós nos sentimos no direito de comer mais de outras coisas. “Ah, já que não posso comer pão, vou comer esse queijo branco inteiro!” (Sim, eu estive lá…).
O segundo erro é acreditar que as calorias é que fazem a diferença, e não o teor nutricional dos alimentos.
Portanto, para uma dieta se tornar um novo estilo de vida, esse estilo precisa casar não só com nossas metas em relação à saúde e boa forma, mas também falar com o coração.
Então, se um dia seu corpo pedir para comer um pedaço de bolo de chocolate, que é aquele que sua mãe fazia para você na infância em uma tarde chuvosa, coma. Não ignore esse apelo.
Sirva-se, sente-se, respire profundamente e pegue uma primeira garfada. Sinta o cheiro desse bolo e, então, coma. Você perceberá que a primeira garfada geralmente é a melhor. E que depois de duas ou três seus sentidos já devem estar satisfeitos.
Você deve perceber que precisa de uma quantidade muito menor do que a que imaginava e que depois vai parar de pensar nesse bolo. E vá curtir as outras coisas boas da vida.
ATENÇÃO: A versão completo do conteúdo acima pode ser conferida na versão online, assinando a revista ou baixando a versão digital paga pelo app no seu celular (ed. de maio de 2018).
Para comer melhor
+ Alimentação consciente: o que é isso e por que faz bem
+ Os 7 maiores erros alimentares que você comete depois de correr