Um negócio bilionário

Ei, você, executivo que ama esporte e um dia sonhou em largar tudo e viver dele ou para ele. Hoje escrevo especialmente para você. Que tal investir em um mercado que fatura globalmente mais de US$ 10 bilhões por ano e que, no Brasil, cresceu 23% desde 2010? Com a crise, a taxa diminuiu para 14% em 2015, mas o faturamento está próximo dos US$ 320 milhões por ano, com 2,5 milhões de consumidores e 11 mil pontos de venda.

Eu estou falando do mercado de nutrição esportiva. Se por um lado as taxas de sedentarismo e obesidade ainda impressionam, e muito, por outro vemos um aumento da preocupação em relação ao assunto. As pessoas estão cada vez mais conscientes de que o caminho para viver bem passa pela prática regular de exercícios e por uma alimentação saudável. E, com isso, o mercado de nutrição esportiva vem se tornando cada vez mais relevante.

O número de academias de ginástica não para de crescer. Segundo dados da IHRSA Global Report – a mais importante publicação sobre o mercado global de fitness –, o Brasil conta com mais de 30 mil academias, com média de 254 alunos por unidade e faturamento de R$ 2 milhões por ano. O mais surpreendente é que apenas 4% da população frequenta esses locais. Ainda há

um grande nicho a ser explorado e uma imensidão de “esportistas autodidatas” que poderiam se beneficiar de uma orientação e de produtos de qualidade.

Segundo Karina Kwasnicka, membro da Abenutri (Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais), o potencial do mercado de nutrição esportiva é muito grande. Os norte americanos faturam US$ 4 bilhões com mais de 2.000 marcas, revendidas em 100 mil pontos de venda e com 50 milhões de potenciais consumidores. No Brasil são 250 marcas, que pertencem a cem empresas, sendo elas 40% internacionais e 60% nacionais.

Está convencido de que essa é uma possibilidade de investimento para se livrar do chefe que cisma quando você sai às 18h para correr no parque? Então saiba que um item deve estar em abundância nas prateleiras da sua loja: suplementos à base de proteína. Esse nutriente representa65% das vendas, seguido pelos aminoácidos, com 15%, e pelos chamados suplementos hipercalóricos, com 5%.

Agora, se você está sem grana para investir em um ponto de venda bacana, saiba que 50% dos produtos são vendidos em lojas especializadas e 30% em farmácias, mas 20% já são vendidos pela internet. Se quiser saber mais sobre seu público-alvo em potencial, aqui vai: os homens são a grande maioria, com 80%, e a faixa de idade varia entre 15 e 30 anos. Ficou surpreso? Eu também. Nunca pensei que a suplementação fosse algo tão relevante e com potencial tão grande de crescimento. Quem sabe não viramos sócios e marcamos uma corridinha às 18h30 no parque, e sem peso na consciência!