Marcelo D2

Depoimento a Pietra Monteiro

Eu comecei a correr tarde e hoje me arrependo por isso. Mas ainda posso dizer que minha adaptação ao esporte foi tranquila. Corro há menos de um ano e já tenho ótimos resultados.

Meu padrinho na corrida é o Seu Jorge. Ele parou de fumar, começou a correr e passou a me incentivar ao contar como estava bem de saúde e cabeça.

Eu amo ouvir música enquanto eu corro. Ouço um pouco de tudo, mas o rap acaba dando uma predominada. A playlist também varia com o ritmo do treino: quando eu quero ir mais relaxado, vou de jazz; se a ideia é pegar pesado, ouço hardcore.


A triatleta Fernanda Keller é quem me passa o treino. Eu viajo muito, e a rotina é cansativa. Mas com a corrida eu conheço as cidades de outra forma, pelas ruas.

Tento correr um dia sim e outro não. Meus treinos variam de 5 km a 10 km cada. Quando corro apenas 5 km, dou uma acelerada e o ritmo fica em 5min15/km. Quero sempre me superar. Quando você estiver lendo isso, espero já estar muito mais rápido.

Comecei a correr para perder peso e conhecer melhor o meu corpo. Eu nunca tinha feito exercício antes, nada mesmo. Mas hoje minha meta é fazer provas de 10 km em vários países do mundo. E, claro, sempre melhorar meu tempo nelas.


Correr é uma terapia, especialmente nos treinos mais longos. É um momento de introspecção, de pensar na vida pessoal. Normalmente corro pela manhã e aproveito para organizar meu dia.

A corrida mudou minha cabeça e meu corpo. Eu durmo bem melhor e me livrei da insônia que me perseguiu por anos. Comecei a comer melhor, perdi um pouco da “barriguinha de chope”, me sinto bem com o meu corpo, melhorei a autoestima e isso influencia diretamente no meu desempenho no palco.

É notório que eu fumo maconha, mas nunca logo antes de treinar, porque aí perco o foco. Claro, se treino à noite, em algum momento do dia eu fumei, mas não chega a me atrapalhar. Mas é no meu caso, não estou aconselhando ninguém a fazer nada