Bolt, Bolt, Bolt

Ele foi ovacionado ao entrar no estádio. Não havia dúvidas: o coração do público batia junto com o do jamaicano. Já o norte-americano Justin Gatlin entrou sob vaias. Na largada, Bolt estava relaxado, sorria. Gatlin parecia apreensivo, a cara estava fechada. O grande duelo da noite estava anunciado.

Como de costume, Bolt larga lá atrás, mas logo acelera rumo à recuperação. Como ele mesmo disse em entrevista a revista Runner’s World de agosto, “a partir dos 60 metros não tem para ninguém”. E ele mostrou isso mais uma vez. Em uma arrancada eletrizante, venceu Gatlin nos últimos metros e bateu no peito, como quem diz: “Eu sou o cara!”.

E ele é o cara, a lenda, o mito e fez história diante dos nosso olhos: conquistou o tricampeonato olímpico dos 100 metros em 9s81. Nunca antes um corredor ganhou três ouros na prova mais rápida dos Jogos. Em entrevista ao nosso repórter Iberê Dias, logo após a conquista, ele disse: “É para isso que eu vim para cá. Eu queria me diferenciar do restante."

A prata de Gatlin (9s89) e o bronze do canadense Andre de Grasse (9s91) – que fazia sua estreia em Olimpíadas – também foram bastante comemorados. O norte-americano afirmou estar muito feliz e disse que a cara amarrada fazia parte do show. Ele cumpriu quatro anos de suspensão por doping, fez uma grande prova no Rio e disse que nem pensa em aposentadoria.

Na próxima quinta, dia 18 de agosto (as 18h35), tem mais Bolt na pista, agora nos 200m, sua distância preferida. “Ninguém me vence nos 200m. Encaro essa prova como algo pessoal”, disse em entrevista a Runner’s World.