Consenso Brasileiro de Fotoproteção

O Consenso Brasileiro de Fotoproteção foi desenvolvido pelo Departamento de Fotobiologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O documento orienta médicos, profissionais de saúde, autoridades e mídias em geral, sobre os cuidados para proteger a pele dos efeitos nocivos do sol. Esse é o primeiro documento feito oficialmente para brasileiros publicado no Brasil, que fala sobre a proteção contra o sol, atendendo às particularidades específicas do nosso país tropical.

O documento traz à população todas as orientações relacionadas à proteção solar, entre elas, o uso de filtro solar com o fator mínimo de proteção 30 e a formalização de que se deve evitar a exposição ao sol das 10 h às 15 h – com exceção da região Nordeste, onde a radiação solar já é alta a partir das 9 h. “Essa diversidade climática que temos no nosso país, nos motivou a criar um consenso nacional sobre o tema, para podermos orientar todos os brasileiros”, afirma Sergio Schalka, coordenador do Consenso e do Departamento de Fotobiologia da SBD.

O Consenso procura destacar todas questões consideradas essenciais pela SBD para proteção “correta” do sol. Um dos principais motivos para juntar os dermatologistas envolvidos nesse projeto são os altos índices de Câncer de Pele no Brasil e o alerta que fazem para o diagnóstico precoce da doença. A previsão para 2014 é 11% maior do que o esperado. O Brasil vai registrar em torno de 576 MIL novos casos de câncer no ano de 2014, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). São 576.580 casos de pele não melanoma e 394.450 casos de melanoma. Esse levantamento é feito em conjunto com o Ministério da Saúde a cada dois anos. Segundo o médico Marcus Maia, coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele,“O diagnóstico precoce faz com que os tratamentos e instruções oferecidas sejam um sucesso, além disso é possível fazer o exame precoce e temos a chance de impedir que o pior aconteça”

O documento introduz aspectos da radiação solar no Brasil, abordando questões polêmicas como a importância da Vitamina D. “Seu benefício está relacionando apenas à nossa saúde óssea. Outros benefícios que costumam relacionar à essa substância, como como a redução ao risco de cânceres internos, diabetes, doença cardiovascular, esclerose sistêmica, entre outros, ainda carecem de comprovação científica”, explica Maia. Fatores ambientais que afetam a produção cutânea de vitamina D como condições atmosféricas, altitude, entre outros, também são citadas.

Além disso, o menciona as diferentes orientações relacionadas a cada tipo de pigmentação da pele e idade. Entre todas medidas abordadas, o Consenso destaca itens como vestuário (tipo ideal de roupa, chapéu, óculos), fatores mecânicos (sombra, vidros) e até fotoproteção oral (nutracêuticos ou nutricosméticos)

A médica Denise Steiner, presidente da SBD explicou que “oobjetivo desse consenso é concretizar o posicionamento oficial da SBD em relação aos mais diversos temas envolvendo a proteção solar, produzindo um documento impresso que apresente todos os tópicos de forma clara para a comunidade científica, autoridades, mídia e população em geral”.

Veja o documento no site da SBD aqui