Por volta de fevereiro desse ano, resolvi que iria participar de uma meia-maratona, independente de tempo. Para conquistar a minha medalha, sabia que teria que treinar, então procurei uma assessoria para me ajudar.
Antes de me inscrever para os 21 km da Mizuno, perguntei para uma amiga, a Cris, se ela não queria fazer a prova em dupla comigo – modalidade nova, presente na edição de 2015. Mas ela disse que já estava inscrita para correr os 21 km solo e afirmouque, se eu quisesse, ela me acompanharia no percurso. Então, não perdi tempo e me inscrevi!
Continuei treinando com afinco, focado na prova, mas muitas vezes me batia uma insegurança e eu me questionava se conseguiria encarar esse desafio. Cerca de quinze dias antes da prova, que ocorreria no dia 14 de junho, tive uma infecção respiratória e me afastei dos treinos. Tive de ficar em repouso, fazendo inalação e usando antibiótico.
Na semana da prova, a insegurança aumentou e quase desisti de participar da corrida. Nesse momento, conversei com a Kauana, uma corredora que admiro muito. Ela disse: “Vai por mim, você consegue… estarei lá te esperando”. Então não tive dúvida de que era capaz.
No grande dia, a ansiedade voltou, mas me controlei e largue naquela multidão de corredores. Ainda no começo da prova, além da Cris, fui acompanhado pela ilustre corredora Tomiko Eguchi, a qual considero minha “mãe de corrida”. Tomiko me deu dicas para continuar a prova com sucesso e me acompanhou por alguns quilômetros, antes de seguir sozinha.
Lá pela metade da prova, eu quis desistir, mas a Cris me incentivou e eu não parei de correr. No km 17, tive câimbras e novamente pensei em parar. Superei mais um obstáculo e em um ritmo bem tranquilo, mas com muita alegria, completei a prova em 3h02.
No final, estava em êxtase, de tanta felicidade em ter conseguido acabar a prova! Foi um sonho que exigiu bastante do meu físico e da minha mente e eu consegui realizar!