Diogo Poças

NA PRÉ-ADOLESCÊNCIA, eu me mudei para uma casa muito perto do parque Ibirapuera, em São Paulo. Acompanhava meu pai nos treinos dele e acabei pegando gosto pela coisa. Como fui uma criança bem gordinha, a corrida me ajudou a emagrecer e a ganhar autoestima.


HOJE CORRO pelo prazer do silêncio e pela superação. Prefiro treinar sozinho, correr é o mais próximo que chego da meditação. E também não sou muito de escutar música, prefiro o silêncio. Mas, quando ouço alguma coisa, geralmente opto pela erudita, de preferência Chopin.

SÃO TRÊS TREINOS semanais. Como jogo futebol na segunda-feira, corro às quartas, sextas e domingos (dia do longão). Durante a semana, os treinos têm entre 6 e 8 km; já o longo vai para 12 km. Antes de correr, tomo água e como uma fruta, coisa básica mesmo, não sou de grandes frescuras! Depois do treino, como bem, mas sem cair naquela cilada da compensação: “Ah, corri muito então posso comer muito”.

NÃO É NADA FÁCIL conciliar o trabalho com os treinos. Eu atuo como produtor musical em diversos programas de TV e canto nos shows de divulgação do meu disco, além de ser pai, marido, esportista. Mas dou um jeito porque acho importante fazer esporte, me manter saudável. Treino a qualquer hora do dia, na hora que dá, mas vou!


FICO MUITO INSPIRADO durante os treinos. Já compus músicas inteiras correndo. O melhor é que tenho uma facilidade incrível para memorizar, então nem preciso anotar. A música “Dizem por aí”, do disco Imune, eu fiz em um treino regenerativo.

NESTE MOMENTO estou focado em um novo álbum, que será gravado com uma Big Band. Já na corrida, o que mais quero agora é retomar aos poucos os treinos. Fiquei parado um tempo por causa de uma hérnia lombar, mas acabo de ser liberado pelo médico.

ADORO A SÃO SILVESTRE, já corri três vezes. Todo mundo deveria experimentar. Mas nada de corrê- la olhando o relógio, já que a prova é cheia de imprevistos e figuras pelo caminho. Minha distância preferida são os 10 km, e não me ligo em tempo – para mim, é chegar e chegar bem.