Hora de parar para pensar e fazer uma revisão de 2015. O que deu certo, o que não deu, aprendizados, surpresas, tudo conta. E, na virada do ano, desejar novidades, melhorias para o nosso esporte e, principalmente, saúde.
Por mais que nossa tela mental esteja contaminada com todos os absurdos da cena política no Brasil, é hora de Jogos Olímpicos, simplesmente o maior evento esportivo jamais realizado em nosso país. E, se é para desejar coisas boas e limpar o que não presta, nada como as listas. Vamos a elas:
Já deu!
• Consumismo desenfreado. Você não precisa de quatro relógios para corrida. Nem de 20 tênis. É legal? Claro! Mas pense no planeta. Seus filhos agradecem.
• Abundância de provas com zero apelo. Ok, corrida realmente é um esporte popular. Mas chega. Aqui no Rio, não raro, tem fins de semana com duas, três. Uma pior que a outra.
• Doping amador. Preciso falar alguma coisa?
• Pipoca. Está demais. Vai precisar de lei para punir quem faz?
• Bandidagem. Sério, o cara coloca outra pessoa para correr em seu lugar?
• Provas caras e sem qualquer apelo adicional. Marcas e organizadores, inovem, por favor. Kits diferenciados. Benefícios para quem participa. Parcerias inusitadas. Estrutura diferenciada. Medalhas minimamente atraentes. Saiam do quadrado!
Aí sim!
• Vamos ajudar? Duvido uma grande marca adotar uma instituição necessitada, montar uma grande corrida e, de forma 100% transparente, formalizar a doação numa grande festa com a presença de todos os corredores. Alguém se habilita?
• Ainda na mesma onda: por que não estimulamos a arrecadação para instituições aqui no país, nos mesmos moldes das grandes competições no exterior. As inscrições são limitadas? Organizadores, procurem lugares necessitados e montem as parcerias. Correr por uma causa nos faz pensar um pouco além do nosso umbigo.
• “Corriturismo”. Vale para qualquer distância. Quer conhecer um lugar diferente e correr uma 5k? Se joga! Você não precisa correr a maratona da vida para associar duas das melhores coisas da vida, correr e viajar.
• Mais apoio ao profissional de Educação Física. É ele o responsável pela formação esportiva, na maioria das vezes, das nossas crianças. Condições de trabalho melhores, especialmente nas escolas públicas, são fundamentais para uma educação de qualidade. E o Esporte, em maiúscula, muda a vida do indivíduo.
• Mais pistas de corrida públicas. Ô coisa difícil. Em vários países, é muito simples. Aqui, para você achar uma, já é tenso. Treinar então, nossa…
• Mais segurança. Que nossos treinos possam sempre ser tranquilos. Recado para motoristas, skatistas, patinadores e ciclistas. E vale o recado permanente às autoridades para tomarem conta dos gatunos em geral.
• E, por fim, mais amor e menos ego. Você não é profissional; logo, respeite o amiguinho que ainda alterna trote e caminhada. Coloque-o no caminho, motive-o, mas não tire onda e nem o exclua. Mesmo se ele nunca te pegar na corrida, tenha por ele o mesmo respeito que dá a um Kimettto da vida. Cada na sua. E Deus por todos nós, corredores! Feliz 2016!