Campeão do Ironman Miami 70.3, Igor Amorelli quer melhorar corrida em 2018

Em entrevista exclusiva, triatleta fez o balanço de 2017 e mira Ironman Kona, no Havaí, principal objetivo no ano que vem

Graeme Murray/Red Bull Content Pool

Em um dos momentos mais marcantes do triatlo em 2017, os brasileiros Igor Amorelli e Thiago Vinhal cruzaram juntos a linha de chegada do Ironman Kona, no Havaí, a prova mais importante do circuito. Em 13º e 14º lugar, o tempo de 8h27min foi o melhor entre atletas do país na prova que aconteceu em outubro deste ano. Na prova seguinte, o Ironman Miami 70.3 (meia distância), Igor novamente foi protagonista e conquistou o primeiro lugar geral.

Para 2018, Igor mantém o foco em Kona e quer um resultado ainda melhor. Para isso, ele quer evoluir principalmente na corrida, etapa em que ele mesmo diz ainda não ter atingido a forma que gostaria. Com uma rotina intensa de treinos e participação em algumas provas apenas de corrida, ele quer buscar um ano ainda melhor que o anterior.

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Veja a entrevista exclusiva completa:

RW: Quais foram os melhores momentos do seu ano no triatlo?

Igor Amorelli: O ano foi bom, mas sei que ainda posso ir mais longe. No contexto geral, eu tive vários bons resultados e estou muito feliz com isso. Termino este ano praticamente classificado para Kona 2018, além de ter vencido duas provas de meio Ironman recentemente.

A chegada em Kona foi muito legal, só que eu sei que ainda tenho mais a dar. O importante foi ver que sou um atleta melhor do que era em 2013, quando fui para lá pela primeira vez. A maratona ainda não saiu como eu queria, por isso, tenho muito a evoluir. E tem algo que eu sempre falo para todos: é muito melhor ganhar com um tempo alto do que perder com um tempo baixo.

É bem difícil dizer qual foi o melhor momento da temporada. Talvez, tenha sido a vitória no Ironman Miami 70.3, pois ocorreu logo depois de Kona. Ter tido esse resultado foi, realmente, muito legal. Eu tenho essa dificuldade em apontar um evento, pois o ano inteiro foi marcado pela consistência. Tanto é que chego agora no final do ano com muitos pontos.

RW: Como é sua rotina de treinos e como você avalia seu desempenho na corrida?

Igor Amorelli: Na verdade, não tive a corrida que eu queria ainda. Não tem muito segredo, preciso evoluir a cada dia, a cada prova mesmo. O que eu tenho programado para os meus treinos, por semana, é: 5 vezes de natação, assim como de bike, e mais 6 vezes de corrida. Em uma dia normal, terei 3 horas de bike, 1 hora de corrida e mais 1 hora de natação. De tarde, algum fortalecimento na academia, algo básico.

Em época de provas, o treinamento poderá começar às 6h e terminar às 14h. Mas, também há dias mais leves, de 1 a 2 horas apenas. A cada 15 dias, eu tenho um day off para relaxar corpo e mente.

Em relação ao equipamento, consegui fazer adaptação na bike para levar mais carboidratos nas provas. Eu ainda estou estudando a minha planilha de treinamento e fazendo testes físicos para saber como eu vou dosar a carga de atividades do próximo ano. Toda temporada é diferente, pois depende de como estou em pontuação visando ao grande objetivo: Kona.

RW: Qual é sua expectativa para provas de corrida, como a Wings for Life World Run, em 2018?

Igor Amorelli: Maratonas, em si, eu não pretendo inserir no meu cronograma atualmente. Mas, participar de algumas provas de corridas, eu devo ir para complementar meus treinamentos. Na Wings for Life World Run eu vou, primeiramente, pela causa, por tudo. Não penso em competição em si. O evento acontecerá semanas antes do Ironman Florianópolis, então, preciso saber dosar. Mesmo assim, não quero dar moleza para os corredores de lá, não. Quero encontrá-los, pois essa experiência é muito rica.

Na Wings for Life World Run, eu faço de 34 a 36 km. O ritmo é variado, eu saio aquecendo e vou em progressão.

RW: Quais são os objetivos para a próxima temporada?

Igor Amorelli: A próxima temporada: objetivo principal é Kona, sendo o Ironman Brasil o nosso grande foco para o primeiro semestre. Queremos pontuar bem para chegarmos no Havaí com uma boa classificação e, claro, acertar a prova por lá!