8 destaques da Maratona de Chicago 2018

Por Cindy Kuzma, da Runner's World

Com milhares de corredores se alinhando na Windy City para a 41ª Maratona de Chicago, certamente haveriam momentos surpreendentes de conquista e triunfo. Aqui estão os destaques da Maratona de Chicago 2018.

Destaques da Maratona de Chicago 2018

1Brian Reynolds obtém seu recorde pessoal sobre duas próteses

Foto: Kevin Morris

Brian Reynolds perdeu as duas pernas depois de uma meningococcemia na infância, uma infecção bacteriana na corrente sanguínea. Em 2014, ele correu sua primeira maratona em 4h30. Embora ele não tenha atingido sua meta de se tornar o primeiro amputado duplo a quebrar a barreira das 3h, ele conseguiu incríveis 3h03min22.

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2Joan Benoit Samuelson termina perto de sua filha

Foto: Kevin Morris

A pioneira Joan Benoit Samuelson, de 61 anos, é mais conhecida por ganhar a primeira maratona olímpica feminina em 1984. Ela também venceu a Maratona de Chicago em 1985 – seu tempo de 2h21min21. Era um recorde americano na época e ainda é o quinto mais rápido entre as mulheres dos EUA.

Suas duas últimas tentativas de estabelecer recordes, em 2015 e 2017, foram frustradas por doenças e lesões. Embora ela tenha ficado aquém do objetivo deste ano de 3h01min30, o recorde mundial para as mulheres de 60 a 64, ela terminou forte em 3h12min13 – logo atrás de sua filha Abby Samuelson, que cruzou a linha em 3h11min20.

3Uma cientista revela sua perseverança

Foto: Reprodução/Instagram

Quatorze meses após uma rara doença autoimune chamada polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica, ou CIDP, ter paralisado seus movimentos, a neurologista Lynn Rogers tinha dois objetivos para Chicago. O primeiro foi levantar fundos para pesquisa e tratamento da doença que ainda ameaça seus movimentos. Mas ela atingiu seu segundo – completando sua 17ª maratona em um tempo mais rápido que seu mais lento, um 5h10 – com um tempo de 4h18 hoje. Por isso ele está entre os destaques da Maratona de Chicago 2018.

4Treinadora de Chicago faz sua 100ª maratona com 190 alunos

Foto: Denise Sauriol

A treinadora de Chicago, Denise Sauriol, costumava lutar apenas por tempos rápidos. Depois de ser atropelada por um carro a caminho da linha de partida da meia maratona de Nova York em 2009, ela começou a orientar outras pessoas no esporte que amava. Agora, ela treinou centenas de maratonistas para suas próprias vitórias pessoais.

Este ano, megafone na mão, ela animou seus 190 corredores (quase metade deles estreantes nos 42 km). “Eu gosto de trabalhar com iniciantes porque você os leva para a primeira linha de chegada, onde eles tinham dúvidas, e isso inflama algo dentro deles”, disse ela. Depois de se conectar com o maior número possível deles, ela cruzou a linha com um 4h52min39.

5O fogo que o queimou apenas alimentou sua determinação

Foto: Cindy Kuzma

Depois que um incêndio que queimou mais de 60% de seu corpo há dois anos, Beau Zanca, 25, passou três meses em coma; depois, jurou não perder mais tempo. Ele reaprendeu a andar, depois correu e terminou um 5 km sete meses depois de seus ferimentos. Agora, ele é um maratonista, com um tempo final de 5h30min12 na corrida deste ano, e ele não tem planos de desacelerar tão cedo – ele pretende correr mais maratonas e progredir para as ultras quando terminar seu bacharelado e mestrado em serviço social. A mesma resistência mental que o ajudou a ficar curado também o ajudou a treinar e competir, ele disse ao Runner’s World: “Sempre que você está sofrendo, você pode usar isso como um motivador”. No domingo (7) ele foi um dos destaques da Maratona de Chicago 2018.

6No ano passado, ela correu durante a quimioterapia; este ano, está livre do câncer

Foto: Leesa Drake

Leesa Drake continuou treinando mesmo quando estava fazendo quimioterapia e radiação para um câncer de mama no ano passado. “Muitas pessoas sentem que precisam parar com tudo para se concentrar no tratamento. E nunca me senti assim”, disse ela antes da corrida.

“Sim, isso vai consumir alguns aspectos da minha vida. Mas eu ainda tenho que ir trabalhar, eu ainda tenho que ser mãe, eu ainda tenho que lavar roupa, e eu ainda quero continuar correndo.” Nesse domingo, ela terminou sua 14ª Maratona de Chicago e 102ª maratona em geral, em 5h48min07. “Sinto-me grata – grata por eu ter passado por isso e poder continuar fazendo isso”, ela disse.

7Ele ainda não perdeu uma linha de chegada em Chicago

Foto: Davida Burt

Randy Burt, de 71 anos, de Illinois (EUA), está agora mais próximo de sua meta de 50 finalizações na Maratona de Chicago. Ele cruzou a linha em 4h32min35 e é um dos quatro corredores que completaram todas as 41 Maratonas de Chicago desde a primeira corrida em 1977. “Vamos continuar fazendo essas coisas e ver aonde vou”, disse Burt ao Runner’s World no ano passado.

883 anos de idade estende sua raia

Foto: Janet Abramic

Frank Abramic (à esquerda na foto) também está entre os destaques da Maratona de Chicago 2018. Ele pode ter começado corra correr com 63 anos, mas ele recuperou o tempo perdido completando 20 maratonas de Chicago. (Ele cruzou a linha em 6h14min25.) E o esporte continua sendo um assunto de família – seu irmão John, 80, terminou sua quinta edição de Chicago em 5h59min03, e a filha de John, Janet, terminou em 5h06min50. “Apenas tentando acompanhar esses dois”, disse ela.

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