Dormir mal ou dormir pouco engorda, diz estudo

A falta de sono pode fazer você ganhar peso, fique atento!

Créditos: andriano.c/shutterstock

Nova pesquisa da Suécia demonstra que dormir pouco, dormir mal ou até mesmo a falta de sono pode influenciar no ganho de peso

De acordo com estudo da Universidade de Uppsala, na Suécia, uma noite mal dormida já tem impacto no metabolismo humano.

Isso explica porque trabalhos noturnos e perdas crônicas de sono afetam de forma negativa a composição corporal.

Publicado na revista científica Science Advances, a pesquisa demonstra que as funções metabólicas relacionadas ao peso são afetadas pelos nossos ciclos de sono. E que, além disso, podem aumentar o risco para obesidade e diabetes tipo 2.

Outros estudos também já mostraram essa associação entre sono interrompido e ganho de peso no qual o acúmulo de gordura acontece. Ao mesmo tempo em que a massa muscular é reduzida.

No novo estudo, os pesquisadores estudaram 15 indivíduos saudáveis com peso normal. Eles participaram de duas sessões em laboratório nas quais as atividades e as refeições seguiam um mesmo padrão rígido.

Em uma, tiveram uma noite normal de sono (mais de oito horas). Já na outra, foram mantidos acordados a noite toda.

Então, na manhã seguinte a cada intervenção noturna, pequenas amostras de tecido (biópsias) foram retiradas da gordura subcutânea e do músculo esquelético dos participantes.

As amostras que foram coletadas apresentaram sempre um metabolismo interrompido em genes relacionados a condições como obesidade e diabetes.

Ao mesmo tempo, pela manhã, amostras de sangue também foram coletadas para permitir uma comparação.

Foram encontradas moléculas de açúcar, assim como diferentes ácidos graxos e aminoácidos, substância associadas ao ganho de peso.

Efeitos da falta de sono 

As amostras de tecido revelaram que a falta de sono provocou em uma mudança específica no DNA.

“Nosso grupo de pesquisa foi o primeiro a demonstrar que a perda aguda do sono resulta em alterações nos chamados genes”, diz Jonathan Cedernaes, líder do estudo.

“É interessante que vimos mudanças apenas no tecido adiposo, e especificamente para genes relacionados com a obesidade e diabetes tipo 2. Portanto, as mudanças que observamos podem constituir outra peça do quebra-cabeça para entender como a interrupção crônica do sono pode afetar o risco de desenvolver, por exemplo, a obesidade “, observa ele.

Agora, o desafio é descobrir se uma ou mais noites de recuperação do sono podem normalizar essas alterações.

Mas o que é certo é que dieta e exercício físico são fatores que também podem alterar o DNA. E esses fatores podem, assim, ser usados para neutralizar os efeitos da perda de sono, afirma Cedernaes.

 

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