A 43ª edição da Maratona de Berlim quase foi palco de mais uma quebra de recorde mundial na prova masculina. Kenenisa Bekele correu forte e terminou a competição em 2h03min03. Número seis segundos acima do recorde de Dennis Kimetto (2h02min57), registrado em Berlim em 2014. Entre as mulheres, Aberu Kebede foi novamente a campeã com um tempo de 2h20min45.
O tempo ameno ajudou e a prova masculina já começou forte, com o primeiro quilômetro sendo completado em 2min40s. Ajustando o ritmo, o pelotão de elite fechou a parcial dos primeiros 5 km em 14min20. Bekele e Wilson Kipsang passaram os primeiros 21 km em 1h01min11, a primeira parte mais rápida de uma maratona na história.
Durante o percurso, Kipsang chegou a abrir vantagem em alguns momentos mas o etíope se recuperou bem. No quilômetro 35, por exemplo, Kipsang estava cinco segundos na frente. O queniano diminuiu um pouco o ritmo e Bekele conseguiu se recuperar para, nos últimos dois quilômetros, garantir a vitória e o segundo melhor tempo já registrado em uma maratona. Kipsang terminou em segundo com 2h03min13. Evans Chebet chegou na terceira posição em 2h05min31.
Recordista mundial dos 5.000m e 10.000m, Bekele quebrou em Berlim o recorde etíope em maratonas, que antes pertencia a Haile Gebrselassie (2h03min59 na Maratona de Berlim de 2008). “Estou muito feliz que quebrei o recorde de Gebrselassie, mas também um pouco desapontado por não ter melhorado o recorde mundial. Mas espero poder voltar aqui e ter uma segunda chance”, disse Bekele.
No feminino, Aberu Kebede venceu em Berlim pela terceira vez e com sobras. A etíope terminou a prova em 2h20min45, mais de três minutos à frente da sua compatriota Birhane Dibaba (2h23min58). E o pódio foi todo da Etiópia: Ruti Aga foi a terceira com 2h24min41. Kebede, porém, não conseguiu alcançar seu objetivo de correr abaixo de 2h20min. “Estou muito feliz pelo tricampeonato. Quebrar a barreira de 2h20min era uma grande ambição e ainda é. Espero ter outra oportunidade de conquistar isso em Berlim”, afirmou.