Queniana perde títulos das maratonas de Boston e Chicago de 2014

Rita Jeptoo testou positivo para o hormônio EPO, que melhora o desempenho

John Kropewnicki/Shutterstock.com

A maratonista Rita Jeptoo perdeu essa semana seus títulos das maratonas de Chicago e Boston de 2014 e foi banida por quatro anos das competições pelo Tribunal Arbitral do Esporte. A atleta testou positivo para o hormônio eritropoetina (EPO) em 2014, em um exame realizado fora de competições. Na época, Rita foi suspensa por dois anos pela federação queniana, mas a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) entrou com recurso para que a pena fosse ampliada. Agora, a maratonista só poderá voltar a competir em outubro de 2018, quando já terá 37 anos.

Leia mais:
Documentário ouve atletas e especialistas sobre o uso de substâncias proibidas

O EPO aumenta a produção dos glóbulos vermelhos do sangue, ampliando a capacidade de transporte de oxigênio e, consequentemente, melhorando o desempenho. O Tribunal Arbitral do Esporte alegou que há circunstâncias agravantes no caso de Jeptoo e, por isso, ampliou a suspensão. A atleta teria escondido do empresário e do treinador as várias visitas ao seu médico.

A organização da Maratona de Chicago anunciou na quarta (26) que Mare Dibaba, da Etiópia, é a nova campeã da edição de 2014. A organização de Boston também já desqualificou a queniana e vai buscar reaver o prêmio em dinheiro pago pela vitória.

“A Maratona de Boston apoia a decisão do tribunal, a busca pela competição limpa e justiça para aqueles que procuram vantagens injustas”, disse a organização em comunicado. O recorde do percurso (2h18min57) – registrado por Jeptoo em 2014 – também foi anulado. O tempo mais rápido agora é de Buzunesh Deba (2h19min59). Jeptoo também foi campeã em Boston e Chicago em 2013. 

Rita também havia ganhado a World Marathon Majors, campeonato mundial das maratonas mais importantes do mundo, em 2014. A vitória foi repassada para Edna Kiplagat. “Estamos desapontados que o processo demorou tanto tempo, mas felizes que finalmente podemos reconhecer Edna Kiplagat”, afirmou Tim Hadzima, diretor geral das Majors, em comunicado para a Runner’s World norte-americana.