Aprenda a ganhar velocidade na corrida de um jeito fácil

Você não precisa fazer tanto esforço assim para ser mais veloz

Créditos: george studio/shutterstock

Quer ganhar velocidade na corrida? Pequenos ajustes são o suficiente para fazer você correr mais rápido

Por Nicholas English

A necessidade de velocidade é uma pequena chama que arde profundamente dentro de todos os corredores. E isso acontece independentemente do condicionamento ou do ritmo.

Embora haja inúmeras planilhas e métodos de treinamento para te ajudar a reduzir seu pace e ficar mais eficiente, uma das melhores formas de começar é com a mecânica corporal.

Concentre-se na flexão dorsal do tornozelo. Faça isso movendo os dedos dos pés em direção à canela flexionando o tornozelo para cima.

Durante sua próxima corrida, um pequeno ajuste já pode proporcionar grandes benefícios a todos os corredores.

“Uma dica que tenho seguido bastante ultimamente é correr como se estivesse sobre grama molhada tentando manter os dedos dos pés secos”, afirma o treinador norte-americano Matt LoPiccolo.

Isso porque esse simples estímulo visual faz os corredores levantarem os dedos. Assim como se não quisessem sujar um tênis branco recém-comprado. Isso melhora então a mecânica quase imediatamente.

“Trata-se de diminuir o tempo de contato com o solo”, diz Matt. Porque quanto menos peso você colocar sobre os pés, mais rápido correrá. E a ciência confirma essa afirmação.

Por que flexionar?

De acordo com um estudo publicado na Medicine & Science in Sports & Exercise corredores corredores de elite apresentavam uma maior flexão dorsal de tornozelo na hora de levantar o pé do chão quando corriam a velocidades mais altas.

E, segundo um estudo sobre biomecânica de corrida publicado no The American Journal of Sports Medicine, quando você começa a aumentar o ritmo, seu corpo abaixa o centro de gravidade. Isso aumenta a flexão dos quadris, dos joelhos e a flexão dorsal dos tornozelos.

Matt estima que levantar os dedos dos pés resulta em tempos de contato com o chão de 1% a 2% menores.

Isso até pode parecer pouco. Mas ao longo de toda uma corrida pode chegar a segundos, ou até mesmo minutos. Um tempo que poderia ser eliminado do tempo de prova.

Em vez de favorecer uma aterrissagem com a parte dianteira do pé ou pisada com o antepé, a flexão dorsal do tornozelo favorece então uma aterrissagem com a parte central do pé.

“Se seu tornozelo estiver em flexão plantar (com os dedos apontando para baixo) na hora de entrar em contato com o solo, a parte dianteira do seu pé chegará ao chão primeiro”, explica Matt.

“Isso porque a flexão dorsal coloca o pé de volta ao chão debaixo do centro de massa, te fazendo aterrissar o mais perto possível do meio do pé.”

Por isso, Matt reconhece que alterar a mecânica de corrida leva tempo e estimula os corredores a focarem em uma pequena mudança.

Como por exemplo fazer flexão dorsal, durante curtos intervalos de corrida (digamos, 100 metros ou de 2 a 5 minutos).

E depois ir aumentando gradualmente. Antes de você se dar conta, já estará flexionando os tornozelos de forma automática.

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