Autenção!

Todo dia, ao sair para correr, sofro ao ver os maus tratos que vários donos infligem a seus cães. Tem de tudo, de gente que acha que para exercitar seu animal precisa puxá-lo de bicicleta a outros que, com a temperatura acima de 30 graus, resolvem fazer longo e “esquecem” que estão com outro ser vivo que precisa de cuidados, especialmente em relação à hidratação. O que fazer? Veja as dicas do Pangaré e cuide do seu melhor amigo!

1)antes de tudo, saiba se o seu cão está apto a um “programa de exercícios”. Como? Leve-o ao veterinário, que fará um exame de sangue, além de avaliação cardíaca e ortopédica, para investigar doenças e até possíveis problemas articulares degenerativos. O profissional também dirá se a raça é ou não compatível com o esporte. De uma maneira geral, cães muito peludos e/ou braquicefálicos – com o focinho mais curto – por serem mais propensos a superaquecimento, inspiram maiores cuidados.

2)Sinal verde? Comece devagar. Você não começou fazendo longos! Caminhe no início e vá alternando com períodos de corrida. Não bate com sua planilha? Faça a parte leve do treino com o cão ou adapte-se. Não vale é forçar o bichinho a te acompanhar naquele fartlek insano de sexta-feira!

3)Você não gosta de calor? Nem ele. Treine cedo ou após o sol se pôr. Os cães tem as patas muito sensíveis e as “almofadinhas” podem queimar ao contato com o solo muito quente. Da mesma maneira, saia do asfalto ou de pisos mais duros, sempre que puder. Além disso, esses pisos podem machucá-lo, causando pequenas infecções. Pelo mesmo motivo, ao chegar em casa, lave a região com sabão neutro e água morna.

4)Água antes, durante e depois. Mas sem excessos, para evitar dilatação gástrica. Na dúvida, consulte o veterinário. Se quiser refrescar o cão, molhe as patas e a barriga. E fique atento aos sinais que ele lhe dará. Cães não transpiram; logo, você tem que perceber se ele está babando demais ou com espuma na boca, ofegando ou até reduzindo o ritmo. Se algo assim acontecer, pare na hora. Ele está cansado.

5)Idade: ideal entre 1 e 7 anos, mas consulte seu veterinário, mais uma vez. Certos cães possuem um ciclo de vida mais curto e isto deve ser respeitado. Nunca corra com filhotes! Aos seis meses, ele pode fazer algumas corridinhas curtas; longos, só depois de um ano desde que, como já citei acima, liberado pelo vet!

6)Use coleira e guias curtas. Mesmo se o cão estiver treinado, vai encontrar com outros e aí já viu… Além disso, você controla melhor o pace e deixa as outras pessoas – que podem ter medo – mais tranquilas. Importante: nada de movimentos bruscos, que podem gerar traumas cervicais.

7)Lembre-se que você está na rua com o cão. Saco plástico sempre a postos!

8)No mais, curta muito essa parceria! Se eu tenho um “cãorredor”? Ainda não, mas o nome eu já escolhi: Tergat.

Abraços!