Semana passada tive dias bem difíceis e me senti com um peso imenso nas costas, com os pensamentos totalmente soltos. Corri um dia com bastante dor, mas não era uma dor localizada, era uma dor estranha, mais parecida com uma angústia acompanhada com uma imensa vontade de parar.
Toquei o barco, corri de novo no dia seguinte – e senti a mesma coisa. Na sexta-feira acordei esquisita igual aos outros dias, mas me sentia determinada a sair daquilo. Acho que temos que respeitar quando o corpo e a cabeça pedem um descanso, mas tão importante quanto isso é saber identificar quando essas informações não passam de autossabotagem.
E no meu caso estava se tornando. Não sentia dores, não estava doente e nem tinha lesão alguma, além disso o dia estava lindo e acordei antes do despertador. Me fiz apenas uma pergunta “quero mesmo desperdiçar essa oportunidade? ”
Pensei nas inúmeras pessoas que naquele momento estavam acordando cheias de vontade de correr, mas que possuíam limitações que as impediam e me senti completamente equivocada no meu mundinho de tristeza sem causa.
No lugar de ficar mais uma hora na cama me lamentando escolhi colocar meu tênis preferido, agradecer a vida pela chance de mais um lindo dia de treino e corri por aqueles que por algum motivo não poderiam correr naquela manhã.
Ser sabotada por outras pessoas é péssimo, mas muito pior do que isso é quando nós mesmo nos impedimos de ser felizes.
Namastê e tenham uma ótima semana!