Um mega estudo divulgado no site Run Repeat analisou o desempenho de quase 35 milhões de pessoas que completaram corridas de rua nos EUA entre 1996 e 2016. O principal resultado da pesquisa é a constatação da diminuição da velocidade média em quase 10% – exceto entre corredores de elite – em todas as distâncias (5km, 10km, 21km e 42km), tanto nos homens quanto nas mulheres.
Leia mais:
+ Corrida Insana chega ao Brasil com obstáculos inusitados
+ 6 erros comuns de corredores iniciantes (e as soluções!)
Buscando uma causa para este resultado, o estudo conseguiu descartar duas hipóteses: a de que o aumento da porcentagem de mulheres nas corridas poderia provocar uma diminuição geral da velocidade; e a de que está crescendo a quantidade de pessoas que completam as provas caminhando, sem a pretensão de fazer um tempo baixo. Em ambos os gêneros e isolando corredores que ficam na 100ª, na 1000ª ou na 10000ª posição das provas, a velocidade está diminuindo em proporção semelhante.
A explicação encontrada pelos estatísticos Jens Andersen e Ivanka Nikolova, responsáveis pelo estudo, foi a da piora da saúde em geral dos norte-americanos. Embora eles não possam garantir que essa é a única – ou principal – razão para a diminuição da velocidade média, foi estatisticamente comprovado que obesos, pessoas com diabetes ou hipertensão e quem tem maiores despesas médicas precisam, em média, de um tempo maior para completar as provas.
Embora no Brasil não exista um estudo dessa proporção, não é presunçoso imaginar que a correlação entre saúde e velocidade na corrida possa ser a mesma.