O fisioterapeuta e corredor Rodrigo Iglesias dá dicas de como evitar lesões na corrida, conta seu sobre seu envolvimento com o esporte e revela suas metas para 2018. Confira!
Rodrigo Iglesias é um dos grande nomes do atletismo nacional. Mas trabalha nos bastidores, cuidando para que nossos atletas deem o melhor nas pistas. É fisioterapeuta há 17 anos e, desde o início da carreira, trabalha diretamente com corredores profissionais. Inicialmente no clube de atletismo BM&F e na seleção brasileira de atletismo e há 16 anos com corredores amadores em clínica particular.
Na sua experiência em consultório, percebe que muitas vezes a dor tem origem distante do local pontuado pelo paciente. Nesse caso, cabendo ao fisioterapeuta usar seu conhecimento para detectar, tratar e evitar novas lesões.
“Boa parte delas poderia ser evitada se o atleta buscasse a simetria no corpo, seja ela muscular, referente à flexibilidade ou à mobilidade”, afirma ele. “A região da pelve e dos quadris é uma que não recebe a devida atenção. E ela é de fundamental importância para os corredores”.
Além de fisioterapeuta, Rodrigo também é corredor. E um dos poucos que podem dizer com orgulho: “Nunca me lesionei”. “Isso se deve muito ao fato de eu trabalhar com o corpo. E, além de conhecer anatomia, risco de lesões e meus limites, eu os respeito. Afinal, para mim, a corrida é para sempre. E respeitar os meus limites com um certo equilíbrio é o segredo da minha longevidade como corredor amador.”
Rodrigo sempre praticou esportes, mas entrou de cabeça no mundo da corrida aos 17 anos, por influência do amigo Tiago de Ales. “Já fiz várias provas, mas a corrida sempre foi, acima de tudo, uma terapia. Ela é a minha aliada contra o estresse e a rotina de trabalho. E foi ela que me deu saúde e amigos, minhas grandes conquistas”, conta.
A musculação também sempre fez parte da rotina. Mas Rodrigo só incluiu treinos de força voltados para a corrida na planilha durante a preparação para suas duas últimas maratonas, em meados de 2010.
“Hoje faço esse trabalho duas vezes por semana, visando a especificidade da corrida, postura e todos os músculos exigidos durante os treinos e as provas. Tento conquistar uma simetria, mesmo sabendo que todos temos um membro dominante e que, no meu caso, como venho de outros esportes na infância, às vezes esses desequilíbrios são maiores. Mas trabalho para tentar diminuir essa diferença.”
Ele define as metas na corrida ao lado do treinador Ricardo Hirsch. Leva em conta a programação de trabalho e a vida familiar. Embora a distância favorita seja a meia maratona, Rodrigo vem treinando para a Maratona de Berlim deste ano.
Como a prova é em setembro, o volume de treino está em 40 a 50 km semanais. São quatro treinos de corrida e dois de força por semana. “Quando aprendemos a trabalhar e a utilizar a musculatura de forma correta, acabamos não sobrecarregando outras, poupando assim energia e evitando sobrecargas desnecessárias e, consequentemente, lesões. Ou seja, um bom trabalho de força, além de evitar lesões, proporciona uma corrida mais harmoniosa e menos desgastante”, afirma.
ATENÇÃO: O conteúdo acima é apenas um resumo da reportagem publicada na revista. O texto completo pode ser conferido na versão online, assinando a revista ou baixando a versão digital paga pelo app no seu celular (ed. de março de 2018).
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