Cadeirante é o vencedor global da Wings for Life

O sueco Aron Anderson percorreu 92,2 km; edição da prova no Brasil registrou problemas de organização

Foto: Jorge Ferrari for Wings for Life World Run.

O sueco Aron Anderson foi o grande vencedor da 4ª edição da Wings For Life, que aconteceu no último domingo (7). Anderson, que correu 92,2 km em Dubai antes do veículo de perseguição alcançá-lo, superou 111 mil participantes – que correram em 23 países diferentes. “Eu tive um câncer aos sete anos e, desde então, sou cadeirante. Vencer esta prova hoje, competindo contra mais de cento e cinquenta mil pessoas é a sensação mais especial da minha vida. E ainda mais trabalhar por essa causa que me alimenta o sonho de voltar a andar”, contou Aron. Entre as mulheres, a vencedora foi a polonesa Dominika Stelmach, que participou do evento em Santiago, no Chile, e correu 68,21 km.

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Letícia Saltori, vencedora entre as mulheres no Brasil. Foto: Fabio Piva for Wings for Life World Run.

A 4ª edição da Wings for Life World Run arrecadou 6,8 milhões de euros (cerca de R$ 23,8 milhões) para pesquisas em busca da cura da lesão de medula espinhal. No Brasil, a prova aconteceu em Brasília e teve como vencedores Luis Felipe Barboza (58,88 km) e Letícia Saltori (44,93 km), campeã também no ano passado. “Eu ia correr na Polônia, mas aí tive que participar de uma outra prova em Guarapuava no último sábado (6) e acabei não conseguindo ir a tempo. Meu marido foi, competiu lá e eu vim disputar no Brasil de novo. Por isso, acabou sendo uma prova muito mais dura do que ano passado, mas estou muito feliz com mais essa vitória”, disse Saltori.

Problemas na organização

Alguns corredores divulgaram em suas redes sociais terem enfrentado alguns problemas na prova. Na hora da retirada do kit, já não havia mais camisetas de certos tamanhos (apesar de perguntarem na inscrição os tamanhos) e quem conseguiu ficar à frente do veículo de perseguição por mais tempo enfrentou falta de água nos postos de hidratação. Além disso, faltaram medalhas para os últimos “sobreviventes” na prova.

A organização divulgou comunicado no Facebook e alegou problemas logísticos para a falta de medalhas. Segundo eles, todos receberão a lembrança nos endereços cadastrados na inscrição. “Também estamos cientes de que houve problemas na distribuição de água em alguns pontos de hidratação. Iremos averiguar a falha para garantir que isso nunca mais aconteça nas próximas edições. As críticas são bem-vindas e estamos com todas guardadas para mantermos a excelência da Wings For Life World Run, que já está em sua quarta edição no Brasil”. Confira a versão completa abaixo:

A gente gostaria de pedir desculpas para alguns dos corredores que deram tudo de si e no final da prova ficaram sem suas medalhas. Tivemos um problema logístico e agora faremos o envio a partir da semana que vem para os endereços cadastrados de cada um (caso não esteja completo entraremos em contato via telefone e e-mail).

Também estamos cientes de que houve problemas na distribuição de água em alguns pontos de hidratação. Iremos averiguar a falha para garantir que isso nunca mais aconteça nas próximas edições. As críticas são bem-vindas e estamos com todas guardadas para mantermos a excelência da Wings For Life World Run, que já está em sua quarta edição no Brasil.

Obrigado a todos os competidores e parabéns pelos resultados. Ao todo, foram mais de 111 mil participantes no mundo, percorrendo mais de um milhão de quilômetros em busca deste objetivo.

Vamos continuar correndo juntos por aqueles que ainda não podem. Até 2018!

Foto: Fabio Piva for Wings for Life World Run.